Vós sois o sal da terra e a luz do mundo". Esta frase, dita por Jesus Cristo e referenciada nos evangelhos, sintetiza o caráter da nossa missão, e nos fornece diretrizes muito precisas e importantes.
Utilizando-se de dois elementos bastante presentes em nosso quotidiano, (o sal e a luz), Jesus compõe um ensinamento simples e esclarecedor, que, se posto em prática, é realmente capaz de transformar nossas relações com as pessoas e com os factos.
Estamos, assim, diante de uma metáfora cheia de sabedoria. Ser "sal da terra" significa ser uma presença discreta e ao mesmo tempo essencial. Como tempero, o sal é imprescindível na confeção de muitos pratos. Por um lado, sem sal, os alimentos se descaracterizam e perdem o sabor. Por outro lado, o sal em excesso pode estragar totalmente os alimentos, a ponto de tornar impossível comê-los. O sal deve, pois, estar presente na medida certa;por si só, ele não se faz notar, mas constitui um ingrediente que, de facto, não se pode substituir.
Nossa presença no mundo deve então obedecer a este mesmo parâmetro.
Por um lado, quando nos omitimos ou nos calamos diante das situações que nos interpelam, nós nos tornamos semelhantes a um alimento sem sal. Atuamos de um modo ausente e inexpressivo, à medida em que não somos capazes de contribuir efetivamente com o mundo onde vivemos. O desânimo e a descrença diante dos factos, que usualmente geram essa atitude ausente, tiram o sabor de nossas ações, fazendo com que nossa atuação se torne mecânica e insignificante. Neste caso, pertencemos ao grupo das "pessoas sem sal". Uma "pessoa sem sal" é aquela que não se expressa, que não opina, que não se envolve, que não se compromete. Ela simplesmente vai vivendo ao sabor do vento, sem assumir metas e desafios realmente importantes.
Por outro lado, em uma atitude diametralmente oposta, equivalemos a um alimento demasiadamente salgado, quando tentamos impor nosso modo de ser e de pensar, sem considerarmos a existência de outros referenciais e pontos de vista. Pecamos, neste caso, pela falta de humildade e pela auto-suficiência, em função de uma militância exagerada e imatura. A atitude intolerante e agressiva frente aos acontecimentos nos coloca agora no grupo das pessoas "demasiadamente salgadas". Estas, por sua vez, são excessivamente inoportunas, inadequadas e invasivas.
Ser "sal da terra" significa então imprimirmos às nossas ações aquela discrição essencial. Significa agirmos com doçura e com firmeza ao mesmo tempo, cumprindo nossa missão com leveza e profundidade.
A metáfora do sal está intimamente relacionada à proposição que a complementa: o convite para sermos Luz do mundo. Diante deste convite, não devemos deixar que nossa claridade ofusque os olhos dos outros. Somos convidados apenas a sermos um "pontinho de luz", suficiente para iluminar o caminho. Este ponto luminoso, que às vezes se vê ao longe, renova a esperança de quem o avista, e dá a certeza de um trajeto seguro.
A base deste precioso ensinamento então é esta: as pessoas que fazem a diferença neste mundo são aquelas que atuam verdadeiramente como sal e luz. São pessoas cujas presenças, ainda que silenciosas, se tornam notórias e fundamentais, e, por isso, serão lembradas para sempre.
Utilizando-se de dois elementos bastante presentes em nosso quotidiano, (o sal e a luz), Jesus compõe um ensinamento simples e esclarecedor, que, se posto em prática, é realmente capaz de transformar nossas relações com as pessoas e com os factos.
Estamos, assim, diante de uma metáfora cheia de sabedoria. Ser "sal da terra" significa ser uma presença discreta e ao mesmo tempo essencial. Como tempero, o sal é imprescindível na confeção de muitos pratos. Por um lado, sem sal, os alimentos se descaracterizam e perdem o sabor. Por outro lado, o sal em excesso pode estragar totalmente os alimentos, a ponto de tornar impossível comê-los. O sal deve, pois, estar presente na medida certa;por si só, ele não se faz notar, mas constitui um ingrediente que, de facto, não se pode substituir.
Nossa presença no mundo deve então obedecer a este mesmo parâmetro.
Por um lado, quando nos omitimos ou nos calamos diante das situações que nos interpelam, nós nos tornamos semelhantes a um alimento sem sal. Atuamos de um modo ausente e inexpressivo, à medida em que não somos capazes de contribuir efetivamente com o mundo onde vivemos. O desânimo e a descrença diante dos factos, que usualmente geram essa atitude ausente, tiram o sabor de nossas ações, fazendo com que nossa atuação se torne mecânica e insignificante. Neste caso, pertencemos ao grupo das "pessoas sem sal". Uma "pessoa sem sal" é aquela que não se expressa, que não opina, que não se envolve, que não se compromete. Ela simplesmente vai vivendo ao sabor do vento, sem assumir metas e desafios realmente importantes.
Por outro lado, em uma atitude diametralmente oposta, equivalemos a um alimento demasiadamente salgado, quando tentamos impor nosso modo de ser e de pensar, sem considerarmos a existência de outros referenciais e pontos de vista. Pecamos, neste caso, pela falta de humildade e pela auto-suficiência, em função de uma militância exagerada e imatura. A atitude intolerante e agressiva frente aos acontecimentos nos coloca agora no grupo das pessoas "demasiadamente salgadas". Estas, por sua vez, são excessivamente inoportunas, inadequadas e invasivas.
Ser "sal da terra" significa então imprimirmos às nossas ações aquela discrição essencial. Significa agirmos com doçura e com firmeza ao mesmo tempo, cumprindo nossa missão com leveza e profundidade.
A metáfora do sal está intimamente relacionada à proposição que a complementa: o convite para sermos Luz do mundo. Diante deste convite, não devemos deixar que nossa claridade ofusque os olhos dos outros. Somos convidados apenas a sermos um "pontinho de luz", suficiente para iluminar o caminho. Este ponto luminoso, que às vezes se vê ao longe, renova a esperança de quem o avista, e dá a certeza de um trajeto seguro.
A base deste precioso ensinamento então é esta: as pessoas que fazem a diferença neste mundo são aquelas que atuam verdadeiramente como sal e luz. São pessoas cujas presenças, ainda que silenciosas, se tornam notórias e fundamentais, e, por isso, serão lembradas para sempre.
Com os devidos créditos para
*Fabiana Bonilha, Doutora em Música pela UNICAMP, psicóloga, é cega congênita, e escreve semanalmente no E-Braille.
E-mail: Fabiana.ebraille@gmail.com
Imagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário