Mensagem do blog de todos

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

NÃO TE AFASTES


 “Mas livra-nos do mal.” – Jesus. (MATEUS, 6:13.)

A superfície do mundo é, indiscutivelmente, a grande escola dos espíritos encarnados.
Impossível recolher o ensinamento, fugindo à lição.
Ninguém sabe, sem aprender.
Grande número de discípulos do Evangelho, em descortinando alguns raios de luz espiritual, afirmam-se declarados inimigos da experiência terrestre.
Furtam-se, desde então, aos mais nobres testemunhos. Defendem-se contra os homens, como se estes lhes não fossem irmãos no caminho evolutivo.
Enxergam espinhos, onde a flor desabrocha, e feridas venenosas, onde há riso inocente. E, condenando a paisagem a que foram conduzidos pelo Senhor, para serviço metódico no bem, retraem-se, de olhos baixos, recuando do esforço de santificação.
Declaram-se, no entanto, desejosos de união com o Cristo, esquecendo-se de que o Mestre não desampara a Humanidade. Estimam, sobretudo, a oração, mas, repetindo as sublimes palavras da prece dominical, olvidam que Jesus rogou ao Senhor Supremo nos liberte do mal, mas não pediu o afastamento da luta.
Aliás, a sabedoria do Cristianismo não consiste em insular o aprendiz na santidade artificialista, e, sim, em fazê-lo ao mar largo do concurso ativo de transformação do mal em bem, da treva em luz e da dor em bênção.
O Mestre não fugiu aos discípulos; estes é que fugiram dEle no extremo testemunho. O Divino Servidor não se afastou dos homens; estes é que o expulsaram pela crucificação dolorosa.
A fidelidade até ao fim não significa adoração perpétua em sentido literal; traduz, igualmente, espírito de serviço até ao último dia de força utilizável no mecanismo fisiológico.
Se desejas, pois, servir com o Senhor Jesus, pede a Ele te liberte do mal, mas que não te afaste dos lugares de luta, a fim de que aprendas, em companhia dEle, a cooperar na execução da Vontade Celeste, quando, como e onde for necessário.


Mensagem de Emmanuel no livro Vinha de Luz, psicografado por Chico Xavier: NÃO TE AFASTES.

terça-feira, 7 de outubro de 2014

Pediste . . .

"Pediste a carência dilatada, suscetível de arrancar-te a descontrolada paixão pelo desperdício, e acordaste no lar infestado de lutas, que te não deixa margem a fantasias...."

PEDISTEEmmanuel
Francisco Cândido Xavier
Diante dos entes amados que brilham nas Esferas Superiores, rogaste as oportunidades de trabalho que hoje te felicitam a senda.
Revisaste erros e acertos e, de alma confrangida no inventário das próprias culpas, suplicaste o recomeço na experiência terrestre.
Pediste o berço dorido, a fim de que os obstáculos do reinício te assinalassem os impositivos do reajuste, e achaste as provas da Infância, que te serviram de ensinamento.
Pediste a carência dilatada, suscetível de arrancar-te a descontrolada paixão pelo desperdício, e acordaste no lar infestado de lutas, que te não deixa margem a fantasias.
Pediste recursos contra a vaidade que te petrificava os sentimentos no orgulho, e detiveste a condição social torturada e difícil que te obriga a entesourar obediência e conformação.
Pediste o reencontro com as vitimas e os cúmplices das tuas ações reprováveis, de modo a resgatares clamorosos débitos contraídos, e recuperaste a companhia deles, na presença dos "familiares problemas" e dos "companheiros enigmas" que te compelem às disciplinas do coração.
Pediste remédio contra as inclinações infelizes que muitas vezes te situaram no desequilíbrio da emoção e da mente, e obtiveste a doença física transitória, que, pouco a pouco, te infunde as alegrias da cura espiritual.
Estudantes na escola da Terra, todos pedimos aos instrutores da vida as riquezas da educação.
Contudo, em pleno curso do necessário aperfeiçoamento, choramingamos e reclamamos, à maneira de desertores inveterados.
Desconfia de todo amigo encarnado ou desencarnado que te alimente a ilusão com vantagens e privilégios, facilidades e louvaminhas.
Professor menos responsável, que favorece capricho e cola, a pretexto de amor, apenas consegue rebaixar o aprendiz e estragar a lição.
(Do livro "Seara dos Médiuns", 86, pelo Espírito Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)