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sábado, 23 de maio de 2015

Mensagem de São Francisco de Assis à Chico Xavier - "É imprescindível a ascensão" - Agosto de 1951


Psicografada por Chico Xavier, na noite de 17 de agosto de 1951,  na presença do espiritualista italiano por Pietro Ubaldi, que na ocasião o visitava em Pedro Leopoldo.   Esta Mensagem encontra-se no livro “Profecias”, de Ubaldi, p. 299/300. Como vemos, além de mais de 400 livros, Chico tem uma grande produção esparsa e pouco conhecida.
Pedro.
O calvário do Mestre não se constituía tão-somente de secura e aspereza.
Do monte pedregoso e triste jorravam fontes de água viva que dessedentaram a alma dos séculos.
            E as flores que desabrocharam no entendimento do ladrão e na angústia das mulheres de Jerusalém atravessaram o tempo, transformando-se em frutos abençoados de alegria no celeiro das nações.
            Colhe as rosas do caminho no espinheiro dos testemunhos...
            Entesoura as moedas invisíveis do amor no templo do coração!...
            Retempera o ânimo varonil, em contato com o rocio divino da gratidão e da bondade!...
            Entretanto, não te detenhas. Caminha!...
            É necessário ascender.
            Indispensável o roteiro da elevação, com o sacrifício pessoal por norma de todos os instantes.
            Lembra-te, Ele era sozinho! Sozinho anunciou e sozinho sofreu.
            Mas erguido, em plena solidão, no madeiro doloroso por devotamento à humanidade, converteu-se em Eterna Ressurreição.
            Não temos outra diretriz senão a de sempre.
            Descer auxiliando para subir com a exaltação do Senhor.
            Dar tudo para receber com abundância.
            Nada pedir para nosso Eu exclusivista, a fim de que possamos encontrar o glorioso NÓS da vida imortal.
            Ser a concórdia para a separação.
            Ser luz para as sombras, fraternidade para a destruição, ternura para o ódio, humildade para o orgulho, bênção para a maldição...
            Ama sempre.
            É pela graça do amor que o Mestre persiste conosco, os mendigos dos Milênios, derramando a claridade sublime do perdão celeste onde criamos o inferno do mal e do sofrimento.
            Quando o silêncio se fizer mais pesado ao redor de teus passos, aguça os ouvidos e escuta!
            A voz Dele ressoará de novo na acústica da sua alma e as grandes palavras, que os séculos não apagaram, voltarão mais nítidas ao círculo da tua esperança, para que as tuas feridas se convertam em rosas e para que o teu cansaço se transubstancie em triunfo.
            O rebanho aflito e atormentado clama por refúgio e segurança.
            Que será da antiga Jerusalém humana sem o bordão providencial do pastor que espreita os movimentos do céu para a defesa do aprisco?
            É necessário que o lume da cruz se reacenda, que o clarão da verdade fulgure novamente, que os rumos da libertação decisiva sejam traçados.
            A inteligência sem amor é o gênio infernal que arrasta os povos de agora às correntes escuras e terrificantes do abismo.
            O cérebro sublimado não encontra socorro no coração embrutecido.
            A cultura transviada da época em que jornadeamos, relegada à aflição, ameaça todos os serviços da Boa Nova, em seus mais íntimos fundamentos.
            Pavorosas ruínas fumegarão, por certo, sobre os palácios faustosos da humana grandeza, carente de humanidade, e o vento frio da desilusão soprará, de rijo, sobre os castelos mortos da dominação que, desvairada, se exibe, sem cogitar dos interesses imperecíveis e supremos do espírito.
            É imprescindível a ascensão.
            A luz verdadeira procede do mais alto e só aquele que se instala no plano superior, ainda mesmo coberto de chagas e roído de vermes, pode, com razão, aclarar a senda redentora que de gerações enganadas esqueceram.
            Refaze as energias exauridas e volta ao lar de nossa comunhão e de nossos pensamentos.
            O trabalhador fiel persevera na luta santificante até o fim.
            O farol no oceano irado é sempre uma estrela em solidão.
            Ilumina a estrada, buscando a lâmpada do Mestre que jamais nos faltou.
            Avança... avancemos...
            Cristo em nós, conosco, por nós e em nosso favor é cristianismo que precisamos reviver à frente das tempestades, de cujas trevas nascerá o resplendor do Terceiro Milênio.
            Certamente o apostolado é tudo. A tarefa transcende o quadro de nossa compreensão.
            Não exijamos esclarecimento.
            Procuremos servir.
            Cabe-nos apenas obedecer até que a glória Dele se entronize para sempre na alma flagelada do mundo.
            Segue, pois, o amargurado caminho da paixão pelo bem divino, confiando-te ao suor incessante pela vitória final.
            O Evangelho é o nosso Código Eterno.
            Jesus é o nosso Mestre Imperecível.
            Agora é ainda a noite que se rasga em trovões e sombras, amedrontando, vergastando, destruindo...
            Todavia, Cristo reina e amanhã contemplaremos o celeste despertar.
(a)  Francisco.

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