Mensagem do blog de todos

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Mediunidade - transtornos e tratamento



por Nadya Prem - nadyaprado@uol.com.br
Muitas pessoas me procuram para saber como tratar a mediunidade e os transtornos que ela produz quando desequilibrada. Buscam ajuda e esclarecimento.

Depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, enfermidades crônicas e outros sintomas que se relacionam à mediunidade, às vidas passadas e à sintonia vibratória do espírito.

Os desequilíbrios psicológicos, assim como todas as desarmonias da alma, ultrapassam as barreiras do conhecimento científico e tendem a ser desprezados em sua essência.

O espírito ao reencarnar traz em seu corpo astral a bagagem adquirida nas vidas passadas, que influencia na formação de seus corpos físico e energético, determinando suas características e particularidades.

As predisposições mediúnicas dependerão da organização que houver entre seus corpos físico, energético e astral e ecoarão conforme o padrão vibratório do espírito, que sintonizará com situações e energias simpáticas à sua.

Na vida atual, a mediunidade pode também adquirir aspectos diferenciados, concomitantemente às situações traumáticas e processos obsessivos, que desencadeiam a descompensação vibratória dos corpos dimensionais e o rasgo da tela fluídica que protege das invasões energéticas. A esse tipo de mediunidade chamamos de fundo mediúnico. Quando tratado o desequilíbrio, os sintomas mediúnicos cessam.

Outra categoria mediúnica é aquela que se desenvolve, naturalmente, nos espíritos que se dedicam à solidariedade e a transformação interior, dilatando a percepção espiritual à medida que evoluem.

Entretanto, é na mediunidade expiatória, chamada também como mediunidade de prova, que o espírito tem a oportunidade de resgatar seus débitos passados e expurgar as máculas que carrega em seu corpo astral, através do trabalho mediúnico. É uma mediunidade compulsória e tem que ser educada.

A sintonia com outros espíritos se faz através dos pensamentos, sentimentos e atitudes. Captam-se pelos chacras, emanações energéticas do ambiente e dos espíritos encarnados e desencarnados.

Na mediunidade de prova e no fundo mediúnico, o corpo energético encontra-se muito aberto e suscetível às influências externas e quase sempre, o médium não tem consciência de como lidar com a situação.Torna-se um joguete dessas emanações fluídicas e passa a desenvolver uma série de desequilíbrios físicos e psicológicos.

A falta de domínio sobre si mesmo coloca o médium sob a tortura dos obsessores espirituais, das energias deletérias e pesadas. Imerso em sua sintonia negativa, remanescente de seu passado e vinculado muitas vezes às falanges de espíritos sofredores, ele não encontra forças para escapar dessa situação.

A aproximação de um espírito desencarnado pode causar ao médium não esclarecido, entre outras coisas, a síndrome do pânico que provoca a liberação de hormônios como a adrenalina e noradrenalina, produzindo uma série de sintomas desagradáveis.

No caso do médium de prova, que possui uma mediunidade ostensiva, há uma disposição peculiar dos corpos físico, energético e perispiritual que desencadeiam a síndrome, sempre que ocorre o envolvimento espiritual.

O médium terá que tomar as rédeas de sua mediunidade pela educação e desenvolvimento.

O desenvolvimento mediúnico se faz através da observação de si mesmo e do ambiente; do treinamento da autopercepção e da sensibilidade para distinguir a própria energia de outras energias circundantes e da transformação interior que altera o padrão vibratório e o sintoniza com as esferas superiores, tornando a mediunidade produtiva.

Pela observação de si mesmo, pode-se perceber as próprias emoções, os conflitos internos, a responsabilidade sobre sua situação atual. Tomar posse e consciência de si, comunicar-se com seus sentimentos e com seu corpo, vivenciar o seu próprio ser.

A psicoterapia transpessoal, as técnicas energéticas da acupuntura e dos passes magnéticos de dispersão e equilíbrio, as práticas meditativas, os florais e a água fluidificada são os tratamentos mais indicados para promover a harmonização e a saúde do médium.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A alma


A alma vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência, misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Desde a hora em que caiu na matéria, qual foi o caminho que seguiu para remontar até ao ponto atual da sua carreira? Precisou passar vias escuras, revestir formas, animar organismos que deixava ao sair de cada existência, como se faz com um vestuário inútil. Todos estes corpos de carne pereceram, o sopro dos destinos dispersou-lhe as cinzas, mas a alma persiste e permanece na sua perpetuidade, prossegue sua marcha ascendente, percorre as inumeráveis estações da sua viagem e dirige-se para um fim grande e apetecível, um fim que é a perfeição.
A alma contém, no estado virtual, todos os germens dos seus desenvolvimentos futuros. É destinada a conhecer, adquirir e possuir tudo. Como, pois, poderia ela conseguir tudo isso numa única existência? A vida é curta e longe está a perfeição! Poderia a alma, numa vida única, desenvolver o seu entendimento, esclarecer a razão, fortificar a consciência, assimilar todos os elementos da sabedoria, da santidade, do gênio? Para realizar os seus fins, tem de percorrer, no tempo e no espaço, um campo sem limites. É passando por inúmeras transformações, no fim de milhares de séculos, que o mineral grosseiro se converte em diamante puro, refratando mil cintilações. Sucede o mesmo com a alma humana.
O objetivo da evolução, a razão de ser da vida não é a felicidade terrestre, como muitos erradamente crêem, mas o aperfeiçoamento de cada um de nós, e esse aperfeiçoamento devemos realizá-lo por meio do trabalho, do esforço, de todas as alternativas da alegria e da dor, até que nós tenhamos desenvolvido completamente e elevado ao estado celeste. Se há na Terra menos alegria do que sofrimento, é que este é o instrumento por excelência da educação e do progresso, um estimulante para o ser, que, sem ele, ficaria retardado nas vias da sensualidade. A dor, física e moral, forma a nossa experiência. A sabedoria é o prêmio.
Pouco a pouco a alma se eleva e, conforme vai subindo, nela se vai acumulando uma soma sempre crescente de saber e virtude; sente-se mais estreitamente ligada aos seus semelhantes; comunica mais intimamente com o seu meio social e planetário. Elevando-se cada vez mais, não tarda a ligar-se por laços pujantes às sociedades do Espaço e depois ao Ser Universal.
Assim, a vida do ser consciente é uma vida de solidariedade e liberdade. Livre dentro dos limites que lhe assinalam as leis eternas, faz-se o arquiteto do seu destino. O seu adiantamento é obra sua . Nenhuma fatalidade o oprime, salvo a dos próprios atos, cujas conseqüências nele recaem; mas, não pode desenvolver-se e medrar senão na vida coletiva com o recurso de cada um e em proveito de todos. Quanto mais sobe, tanto mais se sente viver e sofrer em todos e por todos. Na necessidade de se elevar a si mesmo, atrai a si, para fazê-los chegar ao estado espiritual, todos os seres humanos que povoam os mundos onde viveram. Quer fazer por eles o que por ele fizeram os seus irmãos mais velhos, os grandes Espíritos que o guiaram na sua marcha.
A Lei de justiça requer que, por sua vez, sejam emancipadas, libertadas da vida inferior todas as almas. Todo ser que chega à plenitude da consciência deve trabalhar para preparar aos seus irmãos uma vida suportável, um estado social que só comporte a soma de males inevitáveis. Esses males, necessários ao funcionamento da lei de educação geral, nunca deixarão de existir em nosso mundo, representam uma das condições da vida terrestre. A matéria é o obstáculo útil; provoca o esforço e desenvolve a vontade; contribui para a ascensão dos seres impondo-lhes necessidades que os obrigam a trabalhar. Como, sem a dor, havíamos de conhecer a alegria; sem a sombra, apreciar a luz; sem a privação, saborear o bem adquirido, a satisfação alcançada? Eis aqui a razão por que encontramos dificuldades de toda sorte em nós e em volta de nós.
por Leon Denis – Do livro: Depois da Morte.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O Evangelho é a Lei do Cosmo

 O homem moderno encontra-se mais capacitado para ativar e movimentar o seu raciocínio sobre maior área da Vida Imortal e, assim, possibilitado para uma apreciação mais íntima e perspicaz dos excelsos ensinos de Jesus.  Além da mensagem espiritual sublime, que sob a vestimenta poética das parábolas e dos conceitos evangélicos transcendentais, expõe diretrizes morais para o espírito encarnado, oculta-se ainda sob o Evangelho uma realidade científica do Universo sintetizada no microcosmo da obra humana. …
As parábolas, os conceitos e as normas dele são autênticas condensações das próprias leis cósmicas do Universo. Jesus, muito além de avançado psicólogo sideral, instrutor moral e mestre espiritual de vossa humanidade, é também considerado o mais alto índice de conhecimento e experiência científica atualmente no governo do vosso orbe. Sob a singela poesia e o encanto comovente de suas parábolas, palpita o “microesquema” das leis e dos princípios fundamentais do Cosmo .... Há um ritmo, uma dinâmica e cadência incomum na exposição angélica, que revelam aos espíritos argutos essa miniatura da própria legislação criativa cósmica. As mesmas leis que regem imensurável metabolismo do Universo estão genialmente sintetizadas nos conceitos e nas parábolas inesquecíveis de Jesus, assim como a contextura gigantesca do carvalho miniaturiza-se potencialmente na pequenez da bolota em crescimento.
Através das palavras ternas e esperançosas do Cristo-Jesus flui a força do próprio Verbo da Criação. Assim, o Evangelho não é um tratado rígido de virtudes salvacionistas, nem apenas manual cívico de conduta espiritual; antes de tudo, é o compêndio das leis do aperfeiçoamento para a Vida Imortal e a metamorfose do homem ao anjo.
O Evangelho, como o próprio nome indica, é o “Caminho” que reconduz a criatura à intimidade do Criador, e a integra na vivência autêntica das leis que são a manifestação da “Verdade”. Ela se conscientiza cada vez mais pela paulatina angelização no eterno metabolismo para a Vida Imortal. À medida que o homem dilata a consciência, pela sua incessante penetração mais profunda na vida oculta espiritual, adquire melhor noção de existir e pode abranger maior porção de Deus. E um acontecimento real, porque a Divindade vibra na intimidade da criatura humana. Desde os tempos imemoriais, os magos, iniciados e sacerdotes esotéricos apregoam incessantemente os preceitos de que o “macrocosmo” está no “microcosmo”, e “o que está em cima está embaixo”, paralelamente ao conceito do Gênesis, que diz: “O homem foi feito à imagem de Deus”.
Por analogia, assim como um átomo em incessante expansão poderia desenvolver os seus elementos constituintes até se tornarem semelhantes aos astros de uma constelação astronômica, o homem, “criado à imagem de Deus”, também usufrui da graça de poder expandir-se e sintonizar- se à maior área do Criador. Sob a indefectível beleza mística e moral do Evangelho, oculta-se, então, o cientificismo irrevogável das leis maiores do Universo e, por esse motivo, justifica-se o conceito esotérico de que ”o reino de Deus está no próprio homem”. A pulsação divina atua incessantemente na consciência espiritual do homem, desperta-lhe os fundamentos Criativos da individualidade sem desvincular-se de Deus, e depois o liberta do jugo educativo da matéria para integra-lo definitivamente na paz e ventura eterna. 
NAVARANA
O Evangelho é a Lei do Cosmo - Ramatis
PERGUNTA: — Qual é o motivo de vossa escolha do título “O Evangelho à Luz do Cosmo” para esta obra? 
RAMATIS:  O Evangelho não é simplesmente um repositório de máximas e advertências morais, nem somente código de preceitos exclusivos de qualquer instituição humana religiosa, devidamente credenciada para representar Deus na Terra. Em verdade, o Evangelho relatando a experiência vivida integralmente por Jesus, em 33 anos de sua vida física, é para demonstrar a todos as leis que governam e disciplinam o Universo.
Os conceitos do Mestre Jesus, paralelamente à sua conduta e ação incomum, podem ser aceitos como um compêndio humano a expor os objetivos de Deus na Sua Criação.
Enfim, repetimos: o Evangelho não é um Código Moral adequado a um certo tipo de humanidade, mas um tratado perfeito de bem viver, que pode orientar em qualquer época qualquer tipo humano, em qualquer lonitude terrestre ou astronômica. Proporciona uma transmutação consciente evangélica, onde o homem termina vivendo a sua melhor experiência para Deus.  O Evangelho, portanto, é o “Caminho” da evolução indicado pelo Criador à criatura, constituindo-se numa fonte íntima de libertação do Deus em nós.
O homem evangelizado é a criatura que vive corretamente no seu “mundo pequeno”, a mesma pulsação criativa e vibração sublime do “mundo grande”. Daí o motivo por que os velhos orientais já apregoavam há milênios, que o “macrocosmo está no microcosmo” e o “que está em cima está embaixo”, enquanto a ciência moderna aceita que “átomo é a miniatura duma constelação e a constelação a amplitude do átomo”.
Integrando-se na vivência absoluta do Evangelho, o homem exercita-se no mundo transitório da matéria para assimilar e ajustar-se ao metabolismo da Lei Suprema do Universo. Em consequência disso, os preceitos morais expostos por Jesus refletem, também, os princípios do próprio Universo.

PERGUNTA: — Poderíeis explicar-nos de modo mais claro, o fato de que os conceitos expostos por Jesus também refletem os princípios da Mente Universal?
RAMATIS:  Embora a mente humana se diversifique pela necessidade de subdividir e operar em várias esferas de atividades, o certo é que no âmago do ser a pulsação criativa de Deus é um princípio único e indesviável sustentando as criaturas. O homem, que é partícula divina, e não o Todo Cósmico, precisa convencionar contrastes e elementos opostos em todos os fenômenos e condições da vida humana.
Essa “dualidade”, então, serve-lhe de base para firmar e desenvolver a sua consciência individual. Apesar de sentir, ou mesmo saber que Deus é entidade monística, indivisível e único a gerir o Cosmo, o espírito humano ainda encontra dificuldade em conceber essa natureza divina absoluta. Assim, embora não exista qualquer separação na manifestação da vida, o homem cria uma conceituação de aparente oposição no metabolismo da vida cósmica.
Mas o certo é que o Universo fundamenta-se exclusivamente na imutável e irrevogável Lei Suprema, que disciplina, sob um só metabolismo, todos os fenômenos e acontecimentos da Vida.
Em verdade, a mesma lei que rege a “gravitação”, coesão entre os astros, também disciplina o fenômeno de ”afinidade” entre as substâncias químicas e incentiva  a “união” ou o amor entre os seres. Daí a equanimidade do progresso que ocorre com exatidão tanto num grão de areia, como na própria montanha de que ele faz parte.
A legislação divina, atendendo as necessidades organogênicas do corpo humano, age pelos mesmos princípios de síntese e análise bioquímica, tanto no homem, como no vírus. Eis por que as orientações propostas por Jesus e de sua própria vivência e exemplificação pessoal, inseridas no Evangelho, são acontecimentos educativos, que podem ser usados pelo ser humano em qualquer latitude da Terra, noutros planetas e mesmo noutros mundos espirituais. São diretrizes de comportamentos, que na sua realização no mundo das formas abrem cientificamente as portas do infinito livre ao espírito humano.
O Evangelho, como a súmula das atitudes sublimes e definitivas no Universo, promove a mais breve metamorfose do homem em anjo, porque o homem, depois de evangelizado, vive em si a síntese microcósmica do macrocosmo.
PERGUNTA: — Quereis dizer que toda a atividade doutrinária e evangélica do Cristo-Jesus entre os homens, baseava-se especificamente nos próprios princípios científicos do Cosmo?
RAMATIS:  A Lei de Deus é perfeita, sem jamais se modificar para atender a qualquer particularidade ou privilégio pessoal. Ela tem por função exclusiva a sabedoria e perfeição de todos os seres. Jesus, em sua fidelidade espiritual, exemplificou em si mesmo o desenrolar das paixões humanas e, depois, a sublimação, assegurando a ascese angélica. A sua vida no cenário do mundo físico é condensação das leis definitivas que regem o Cosmo. Ele proclamou- se com justiça o “Caminho, Verdade e Vida”.
As regras do Evangelho, ensinadas para a vivência correta e evolutiva das humanidades nos mundos físicos, correspondem aos mesmos esquemas disciplinadores da vida das constelações, dos planetas e asteróides pulsando no Universo. Assim, Jesus movimentou-se na Terra, sob a regência das mesmas leis que governam o Cosmo, e as revelou em perfeita equanimidade com as ações e transformações microcósmicas dos homens à luz do Evangelho.
Em conseqüência, o seu Evangelho é uma síntese para orientar o comportamento humano na Terra, na mais perfeita sintonia com os postulados científicos das leis do Macrocosmo. Aliás, no curto espaço de 33 anos, Jesus efetuou o resumo de toda a paixão humana, através de milênios e milênios de aprendizado e emancipação espiritual do homem.
PERGUNTA: — Quereis dizer que Jesus vivia mais propriamente a redução das leis do Cosmo, em vez de buscar a solução de suas necessidades comuns na vida humana?
RAMATIS:  A vida de Jesus tão sublime, correta, pacífica e vivida sob a força do amor criativo, teve por norma fundamental expor o resumo da Lei de Deus. Jamais o Divino Mestre praticou um só ato de sua vida, na qual buscasse primeiramente atender os próprios desejos; nem mesmo quando disso dependesse a sua ventura sideral. Nascendo num berço físico, ele já trazia no âmago de sua alma o esquema de apenas servir e ajudar o homem na sua redenção espiritual.
Justo, bom e sábio, assim como Deus transborda de Amor e nutre a Vida no Universo, o Sublime Amigo transfundia todo o seu amor nos atos mais simples. Em qualquer circunstância, ele se colocava sempre em último lugar no jogo dos interesses humanos, pois semelhante à Lei do Pai, que promove indistintamente a felicidade de todos os seres, bastava-se a si mesmo.  Era semelhante à árvore benfeitora, que nasce, cresce e torna-se frondosa, para depois amparar com a sua sombra amiga desde o cordeiro inofensivo até as feras mais carniceiras. Toda a sua vida teve um único objetivo: mostrar o caminho da redenção pelo amor, que se traduzia nele através do servir desinteressado e absolutamente fiel. O seu coração e a sua mente nada mais lhe significavam do que o fundamento em incessante oferenda viva para ajustar, corrigir e orientar o homem no sentido de realizar a sua mais breve felicidade.
Diante da mulher adúltera, quando ele exclamou: “Vai e não peques mais”, buscou cumprir a Lei de Deus, que atua de modo corretivo, mas não punitivo, pois ela ajusta e cria, jamais destrói. E, ainda, em correspondência à vibração cósmica, que restabelece toda harmonia, Jesus fez a advertência severa aos perseguidores da pecadora e os chamou à ordem, uma vez que projetavam na infeliz os próprios erros e recalques humanos. Quando, então, lhes disse: “Quem tiver pecado, atire a primeira pedra” pôs a descoberto todos os vícios e paixões humanas, conclamando aqueles falsos  virtuosos à uma correção íntima, convencendo-os de que embora a lei do Sinédrio mandasse lapidar as mulheres adúlteras, isso só poderia ser executado pelas criaturas que não tivessem nenhum pecado.
Em verdade, através de Jesus, refletiam-se tanto quanto possível as leis cósmicas, que corrigem excessos, distorções e desvios do metabolismo da vida e, magnificamente, sintetizadas no Evangelho, ali se demonstravam na forma de conceitos, máximas, parábolas e princípios, que devem reajustar a constelação humana.
PERGUNTA: — Por que o homem, que é na realidade um espírito encarnado, não aceita ou não compreende de imediato a natureza tão sublime e salvadora do Evangelho? Não deveria crer absolutamente em Jesus, tanto quanto o aluno confia no seu professor?
RAMATIS:  A mais breve ou demorada integração evangélica depende fundamentalmente do grau da consciência espiritual de cada um, e não de sua memória pregressa. O vosso orbe é pródigo de líderes religiosos, católicos, protestantes e mesmo espíritas, ou pretensos iniciados, que pregam e divulgam o Evangelho, mas ainda não assimilaram, para o próprio viver cotidiano, os mesmos ensinos sublimes que eles tentam incutir no próximo. São apenas distribuidores de azeite, com o objetivo de acenderem as lâmpadas alheias, mas, infelizmente, pela sua negligência ou retardo espiritual, terminam às escuras por falta de combustível em sua própria lâmpada.
Só as almas que abrangem maior área da realidade espiritual assimilam mais facilmente toda força, coerência e veracidade da Lei Suprema, expressa através do Evangelho. Aliás, nenhum homem pode transmitir a outra pessoa a sua experiência espiritual do reino divino, assim como o cego de nascença não se apercebe do teor da luz que ilumina o mundo, pois ele não vê. A assimilação exata do Evangelho, como uma experiência viva para toda a Eternidade, só é possível pela iniciação gradativa e ascendente da Intuição. É a faculdade de saber a Realidade Divina independente das formas e dos fenômenos dos mundos transitórios da matéria.

Textos extraídos do livro “O Evangelho a Luz do Cosmo” de Ramatís

sábado, 30 de março de 2013

O poder do magnetismo


por Carlos Cardoso Aveline
Foi a partir da província de Magnésia, na Grécia clássica, que o mundo ocidental começou a falar de fenômenos magnéticos - e desde então não parou mais.  Ali, 600 anos antes da era cristã, as pessoas perceberam que certas pedras tinham a misteriosa propriedade de atrair metais. Batizadas de magnetitas, as pedras magnéticas transformaram-se em atração em todo o mundo antigo. Certos sábios consideravam que elas tinham poderes curativos e efeitos milagrosos.   
É claro que, desde então, o conceito de magnetismo mudou radicalmente. Já não se trata apenas de um efeito de atração limitado, produzido por pedras feitas de óxidos de ferro e que constituem ímãs naturais.  Sabe-se hoje que o magnetismo é um fenômeno literalmente onipresente: está atuante no espaço diminuto de cada átomo do universo, mas rege ao mesmo tempo o funcionamento de vastas galáxias.  No mundo especificamente humano, há um magnetismo sutil que influencia as emoções e os pensamentos, e tem relação direta até com as nossas motivações mais secretas. 
Sem dúvida, é magnética a força dos elétrons que giram em torno do núcleo de cada átomo. Além disso, toda luz é uma onda eletromagnética, e isso significa que, se não houvesse magnetismo, os sóis e estrelas da nossa galáxia se apagariam. A própria Terra é um grande circuito magnético e faz parte de conexões magnéticas ainda maiores. Em nosso planeta, animais como as pombas, as lagostas e as tartarugas marinhas têm a habilidade de entrar em contato com o campo magnético terrestre e de orientar-se por esse meio em suas longas viagens.  Helena Blavatsky escreveu no século 19:
“A Terra é um corpo magnético. De fato, muitos cientistas constataram que ela é um enorme ímã, como Paracelso afirmou há cerca de 300 anos. A Terra está carregada com uma espécie de eletricidade - chamemo-la positiva - que ela produz continuamente por uma ação espontânea em seu interior ou centro de movimento. Os corpos humanos, assim como todas as outras formas de matéria, estão carregados com a forma oposta de eletricidade - negativa.”[1]
Naturalmente, o magnetismo vai muito além do plano físico. A realidade tem  níveis variados de sutileza e densidade, e há vários tipos de magnetismo para cada um deles.  Existe um magnetismo vital, por exemplo, e quando ele está concentrado e harmonizado temos boa saúde, mas quando o desperdiçamos ficamos vulneráveis.
Há um magnetismo emocional, e por isso certas pessoas exercem atração tão poderosa sobre outras. Há um magnetismo mental, e nesse plano as pessoas são inspiradas por idéias, ou lançam pensamentos cujo poder magnético atrai milhões.
O magnetismo próprio do plano espiritual  é o mais sutil e, também, o mais durável. Armados apenas com a energia impessoal do seu ensinamento elevado, os grandes sábios e pensadores da história da humanidade têm sido capazes de imantar e magnetizar corações e mentes durante milênios, colocando-os no caminho da auto-libertação. 
O poder magnético da alma imortal, quando desperto, purifica todos os níveis de magnetismo da aura individual, eleva o foco de consciência até o plano da vida eterna e influencia e acelera, ao mesmo tempo, o despertar de outros indivíduos. Por isso não importa a quantidade de magnetismo que alguém possui. Interessa saber se o magnetismo é correto e elevado, ou se é nocivo. Um egoísta só cria mais problemas para si e para os outros se tiver o seu magnetismo intensificado. Por outro lado, o magnetismo da sabedoria e da verdade geralmente provoca alguns obstáculos de curto prazo, porque deve desafiar as rotinas de ilusão organizada, mas produz efeitos benéficos a médio e longo prazo. Embora o magnetismo compatível com a verdade e a ética cresça muitas vezes devagar e com dificuldades, é o único que deve ser buscado intensamente. Ele pode ser encontrado em todos os níveis de consciência e ação. Ele conecta e dá coerência aos diferentes aspectos da vida.
O processo do magnetismo está ligado a um certo alinhamento das energias sutis. A ciência convencional ensina que as substâncias ferromagnéticas, isto é, sensíveis à ação de um ímã, têm diferentes grupos de átomos, chamados domínios. Dentro de cada domínio, os pólos dos átomos apontam para o mesmo lado, mas, normalmente, os diferentes domínios apontam para diferentes lados. Desse modo, suas forças magnéticas anulam umas às outras, e o objeto de ferro ou níquel que eles compõem não tem poder magnético. Porém, quando o objeto é colocado em contato com um ímã, os diferentes domínios ou grupos de átomos passam a apontar todos para a mesma direção - e, graças a esse alinhamento, o objeto todo adquire propriedades magnéticas. O sistema vital e emocional de uma pessoa funciona de modo semelhante.
O cidadão que não tem uma vontade forte alimenta desejos que apontam para lados e objetivos diferentes e contraditórios entre si.  Assim, seus desejos anulam uns aos outros. O resultado disso é uma pessoa sem rumo certo, cuja dispersão magnética provoca uma perda de energia vital. Mas o cidadão magnético tem seus diferentes domínios - que reúnem os “átomos” físicos, emocionais e mentais - apontando na mesma direção. Por isso ele tem o poder de atrair para si, com força proporcional, uma certa sabedoria. Um grupo humano internamente harmonizado terá o mesmo potencial, mas com energia aumentada. Este último fato é decisivo para estudantes de filosofia esotérica, porém deve-se ter presente que harmonia interna inclui a diversidade externa, e que a uniformidade total extingue a vida magnética. Vida implica movimento.  
O cosmo coloca à disposição de todos uma energia inesgotável. Poucos sabem captá-la. O caminho magnético correto consiste em desejar coisas coerentes e adequadas, aceitando com humildade as dificuldades e os desafios. Conforme a atitude do indivíduo diante da vida, o seu poder magnético aumentará ou se reduzirá.  Não havendo vigilância, ele pode ficar preso a situações que apenas atrasam o aprendizado da arte de viver.  
O magnetismo na aura do indivíduo se acumula em torno do desejo, da vontade e dos hábitos. O caminho espiritual é uma série de passos pelos quais o indivíduo troca situações magnéticas inferiores por situações magnéticas superiores. Devido à força magnética automática dos hábitos, não é suficiente saber o que é certo e o que é  errado. O estudante deve examinar também se não está subconscientemente identificado com o magnetismo da  ilusão. Isso pode ocorrer mesmo depois de reconhecer a ilusão como tal  em sua consciência pensante. Robert Crosbie escreveu:
“Ninguém que vê o seu erro  é um caso perdido.   No momento em que vemos que estamos iludidos, neste momento já não estamos iludidos, embora ainda estejamos rodeados pelas consequências da ilusão  e tenhamos que abrir caminho através delas. Todos os obstáculos e dificuldades vêm da auto-identificação com a ilusão e os erros; esta é a ilusão das ilusões.”[2]
Além de ver o que é verdadeiro e falso, é necessário renunciar ativamente ao que é falso, optando pelo verdadeiro. E  isso nem sempre é fácil, porque requer o desenvolvimento magnético da vontade própria.
Quando respiramos ar puro e mantemos contato com a luz do sol, por exemplo, aumentamos e elevamos nosso magnetismo vital. A respiração curta e apressada é antimagnética, mas a respiração profunda aumenta a força pessoal. Exercícios diários de respiração, feitos ao ar livre, recarregam o organismo com prana, a força vital do cosmo. Caminhar pela natureza sem preocupações expande a vitalidade. Os exercícios físicos moderados oxigenam o corpo todo e são magnetizantes. As pessoas naturalmente magnéticas alimentam-se corretamente, não comem em excesso, trabalham com gosto e dedicação e agem com calma.
O magnetismo emocional superior aumenta quando as pessoas mantêm sentimentos elevados, evitam discórdia e praticam o desapego. A boa vontade para com todos é uma prática eficaz. Se alguém manifesta inveja e procura desprezar o seu trabalho, a pessoa magnética deixa clara a sua independência em relação a esses jogos mentais, mas não produz rancor dentro de si. Quando conhecemos nosso valor, sabemos inspirar respeito sem necessidade de agredir, e reconhecemos o que há de bom nos outros.  “Viva e deixe viver” - este lema faz bem ao equilíbrio magnético de todo ser humano.
No plano mental, os indivíduos magnéticos concentram-se serena e profundamente em suas metas. Eles têm a capacidade de olhar para cada aspecto da vida desde diferentes pontos de vista. É saudável escolher temas filosóficos como objeto de estudo e leitura. Naturalmente, um  ser magnético evita discussões mesquinhas porque sabe que idéias e opiniões fixas são fontes de perda energética. Sua mente está naturalmente colocada a serviço do bem através de ações construtivas.  Ele tem um pensamento ágil, capaz de revisar constantemente suas premissas.
A presença do magnetismo espiritual faz com que as metas pessoais egoístas sejam abandonadas. Para quem possui essa força, é natural meditar diariamente sobre a verdade universal presente no centro de todas as coisas e no ponto central do seu próprio coração. Nesse contexto, o indivíduo tem interesse por investigar o que há além do pensamento. Ele obtém o que busca concentrando-se no vazio central da Lei do Equilíbrio [3], que dirige silenciosamente tanto a sua própria consciência como a consciência do universo. Assim o estudante deixa de querer coisas agradáveis apenas para si próprio ou no curto prazo. A partir deste momento, tanto o seu sofrimento como a sua felicidade são diferentes das formas de felicidade e sofrimento que se encontra no mundo convencional.  Tal indivíduo pode fazer um ato de sacrifício, ao combater os mecanismos pelos quais se perpetua a ignorância ética e espiritual da humanidade. Assim, atrairá um grau de sofrimento para o seu eu inferior. Porém, na mesma medida, estará aumentando o magnetismo abençoado que caracteriza o plano do eu superior.
Todos os aspectos da vida estão interconectados. Quando se reúne magnetismo positivo em um determinado domínio, isso torna mais fácil preservar magnetismo nos outros aspectos.
É verdade que uma pessoa pode ter uma boa quantidade de magnetismo em determinado domínio da vida e ao mesmo tempo sofrer perdas energéticas importantes em outras áreas.  Para quem trilha o caminho teosófico, esse é o processo de testes e provação.  Apesar dos desafios, os seres magnéticos semeiam sentimentos de boa vontade na relação com colegas, amigos, familiares e conhecidos. Ninguém vive isolado, e o que se planta, se colherá. Esta lei funciona inclusive no plano do pensamento. Sem dúvida, em muitos casos a boa ou má colheita pode ficar para a próxima encarnação. É fato também que esta lei não funciona de modo mecânico, nem simplório, linear ou previsível.  Mas a perfeição com que ela opera costuma ser infalível, como se pode constatar através dos inúmeros aspectos e processos em que o seu funcionamento é observável..   
Um dos fatores mais importantes da vida magnética de todo indivíduo sábio é a capacidade de não desejar intensamente coisa alguma no plano egoísta e pessoal de curto prazo.
A ausência de desejos confusos permite reunir energia sutil. A presença de uma vontade nobre, constante e elevada é imprescindível para ter  contato com a fonte da energia superior. Consciente disso, o indivíduo magnético renuncia aos desejos por objetos de pequena importância.  Ele aceita o vazio no plano das coisas secundárias, porque concentrou seu interesse no que considera principal. Ele deixa de lado a busca de prazer imediato e assim é capaz de agir movido por uma intenção impessoalmente justa.  
Eliphas Levi escreveu:
“O prazer é um inimigo que deve fatalmente tornar-se nosso escravo ou nosso senhor. Para possuí-lo é preciso combater e para gozá-lo é preciso tê-lo vencido. O prazer é um escravo encantador, porém, um senhor cruel, implacável e assassino. Ele cansa, esgota e mata aqueles a quem domina,  depois de ter enganado todos os seus desejos e traído todas as suas esperanças”.[4]
Cada cidadão produz e guarda seu próprio magnetismo através das escolhas práticas que faz.  A vontade média exercida por uma pessoa gera uma corrente magnética correspondente, que envolve e anima o seu corpo. A prática de exercícios físicos faz bem à saúde porque acumula vontade saudável nos músculos e em cada tecido do organismo.  Posturas de ioga, exercícios de artes marciais, a prática da natação, caminhadas ao ar livre ou mesmo andar de bicicleta  são  meios de obter e concentrar vitalidade e magnetismo físico. Mas tudo o que se pensa, se quer e se faz nos planos mais sutis também reúne magnetismo correspondente nos diferentes planos ou domínios da vida.  Portanto, a produção de bom magnetismo depende da formação de bons hábitos. 
Os costumes de uma pessoa funcionam como pequenas centrais elétricas que geram sua energia própria. Seja através de uma hidrelétrica ou de um catavento, a eletricidade convencional é reunida por uma série de movimentos mecânicos repetidos, cuja energia é retida e transformada. Do mesmo modo, uma certa energia magnética é acumulada com a repetição das nossas pequenas atitudes costumeiras na vida diária, sejam elas físicas, emocionais ou mentais. A energia gerada por nossos hábitos talvez pareça pequena, mas isso não é verdade. Trinta minutos de estudo e contemplação diários podem fazer muita diferença depois de alguns meses. Quarenta minutos de leitura meditativa por dia são suficientes para mudar uma vida, se levarem ao fortalecimento de uma vontade espiritual associada a discernimento e bom senso.
Os hábitos fortalecem os desejos, definem o caráter e estabelecem a visão que se tem da vida. A ruptura das rotinas inúteis funciona como uma barragem que interrompe o curso de um rio de águas barrentas - e produz uma energia elétrica valiosa.
Ao ficar imóvel durante algum tempo examinando verdades universais, um fluxo antes irreprimível de hábitos físicos e emocionais dispersivos passa a ser represado, produzindo magnetismo superior.
Quando estudamos teosofia original ou filosofia clássica, não permitimos que nenhum pensamento de ordem pessoal ou dispersiva domine nossa consciência. Fazemos com que os pensamentos se concentrem uma e outra vez em um tema sagrado e abstrato livremente escolhido por nós.  Aos poucos, esta postura se amplia para as 24 horas do dia, e a energia mecânica dos hábitos de pensamento é transformada em uma força eletromagnética purificada. Esta  elevação constante da consciência gera Vontade espiritual e reduz gradualmente a força dos antigos hábitos de pensamento e emoção. O velho fluxo de energias gastas inconscientemente é cada vez mais transmutado, e deste modo passamos a ter mais força disponível para cada iniciativa nossa. Ganhamos uma presença mais forte e mais magnética diante dos eventos e situações da vida. Desativamos o envolvimento pessoal em situações de curto prazo, e geramos magnetismo espiritual, em torno dos temas e das realidades do eu superior. 
O cérebro humano é uma estação central de conexões eletromagnéticas. Seu potencial é ilimitado. A energia que passa por ele ganha força e clareza à medida que adquirimos experiência e alguma sabedoria.
O silêncio mental, a renúncia às diferentes formas de cobiça e medo,  os pensamentos corretos e uma polarização da nossa consciência em torno de fatos positivos e de realidades abrangentes são, todas, decisões e escolhas voluntárias.
Essas possibilidades estão ao nosso alcance. Elas servem para libertar-nos do sofrimento psicológico. Espírito crítico é fundamental, mas não devemos ser arrastados por ele. É oportuno colocar mais ênfase na construção do que é correto do que na destruição do que é errado. A crítica franca é importante,  porque limpa o terreno sobre o qual se pretende construir. Mas devemos ser mais duros com nós mesmos do que com os outros, já que a principal construção é, sempre, a auto-construção. Toda crítica que não tenha em vista a construção do que é correto constitui uma perda e um vazamento de energia magnética. A lei da conservação da energia é a mesma lei da conservação de magnetismo.
Quando a energia vital do indivíduo está polarizada em torno do que é bom,  verdadeiro e durável, nascem a confiança em si mesmo, a confiança nos outros, e a confiança na vida. Surge então o poder do entusiasmo. Uma energia sincera e solidária faz com que tudo valha a pena. O coração humano se torna simultaneamente humilde e imenso, e nele a felicidade se torna incondicional.    
NOTAS:
[1] “Ísis Sem Véu”, de Helena P. Blavatsky, obra em quatro volumes, Ed. Pensamento, SP. Ver volume I, p. 81.
[2] “The Friendly Philosopher”, Robert Crosbie, Theosophy Co., Los Angeles, 1945, 416 pp., p. 147.
[3] “Vazio central da Lei do Equilíbrio”: o fiel da balança, o eixo simétrico da vida, o “centro laya” na filosofia oriental.
[4]  “Grande Arcano”, de Eliphas Levi,Ed. Pensamento, SP, 247 pp., ver p. 97.
Uma versão inicial do artigo acima foi publicada na edição de agosto de 2003 da revista  “Planeta”, de São Paulo.