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segunda-feira, 29 de agosto de 2016

CAPÍTULO XXIX - OBJETIVO PRIMORDIAL DOS ENCARNADOS - Livro: Derradeira Chamada. Psicografado por Diamantino Coelho Fernandes. Ditado pelo Irmão Thomé.




Sempre que os homens e as mulheres  se dispuserem a investigar o porquê ou a razão de certos fatos em que tenham sido parte involuntária, deverão recorrer ao seu arquivo espiritual e lá encontrarão a explicação clara e completa do que lhes tiver acontecido. Não fora a sua absorção pelos interesses puramente materiais, que para muitos, para quase todos os homens e mulheres constituem o único objetivo da vida, certamente estariam todos em condições de traduzir fato por fato, deduzindo-lhes as causas e também às consequências. 
O mundo de hoje está servindo provavelmente como lição derradeira para alguns milhões de almas. Umas porque terminam aqui, a cadeia de encarnações de aprendizado, preparando-se para ingressarem noutros planos de vida bem mais felizes do que o atual. Outras porque, tendo esgotado, não a cadeia de encarnações, mas os limites permissíveis para que evoluíssem na Terra, sem os resultados previstos, terão de deixar o planeta para sempre, para ingressarem noutro mais adequado ao seu estado de endurecimento. Já falamos em capítulos anteriores do que poderá suceder à classe de almas nas condições acima, dispensando-me por isso de alongar novamente o assunto. 
Quero entretanto frisar que um esforço bem coordenado por parte de quantos, lendo estes conselhos e sentindo-se incluídos na classe de almas ainda endurecidas, ou refratárias aos ensinamentos do Senhor Jesus, ainda podem alcançar a redenção espiritual e permanecer nesta onda de vida em que se encontram, ascendendo com ela a mais altos planos espirituais. 
Todos conheceis de sobra os recursos utilizados hoje em dia por muitos pais para que seus filhos se preparem para passar nos exames finais, ou ingressar em nova categoria de estudos. Eles chamam explicadores para ensinar os filhos, e se preocupam em acompanhar o progresso até que consigam o objetivo. 
Se assim procederem também os homens e mulheres realmente desejosos de prestarem os exames finais por ocasião de seu reingresso no plano espiritual, e se empenharem verdadeiramente em procurar aprender o que não sabem, isto é, se dispuserem a estudar os belos ensinamentos que formam o Evangelho de Nosso Senhor, certamente lograrão também alcançar seus objetivos, acompanhar no Alto seus atuais condiscípulos terrenos a novos e mais felizes planos de vida. 
Desejo relatar-vos em seguida um fato muito comum a todos nós, desencarnados, já possuidores da luz divina, mas ainda desconhecido para a grande maioria dos encarnados. Trata-se de procurar averiguar o grau evolutivo dos Espíritos que diariamente se despedem de mais uma encarnação na Terra para regressar aos planos que lhes pertencem no mundo espiritual. Esta averiguação é feita segundo a densidade e luminosidade de seus veículos espirituais. 
Se ao deixar a Terra um Espírito se apresenta envolto num corpo de matéria fluídica de grande luminosidade e transparência percebe-se logo sua categoria espiritual bastante evoluída, sendo sua densidade mínima. Um Espírito nestas condições conseguiu aprimorar suas qualidades morais na proporção em que foi perdendo peso específico em seu veículo astral ou corpo fluídico. 
Se, entretanto, depararmos com um Espírito portador de certa luminosidade, porém, num corpo ainda bastante denso, logo constatamos tratar-se de Espírito possuidor de conhecimentos adquiridos pelo estudo e preocupação de saber, sem, contudo, haver aprimorado suas qualidades morais. Isto sucede em regra aos homens e mulheres de intelecto cultivado na perseguição de objetivos de ordem material, como sejam postos de destaque em qualquer setor da vida material, interesseira, sem nisto envolverem os dons do Espírito no aprimoramento das suas qualidades.
Dar-vos-ei a respeito uma imagem terrena bastante vossa conhecida, para poderdes formar uma idéia muito aproximada do que representa para nós no Alto a chegada de um Espírito portador de um notável grau de cultura intelectual, sem a correspondente evolução de suas qualidades morais. Imaginai o que sucede entre vós quando na sociedade culta, educada, se apresenta um indivíduo endinheirado, rico, poderoso, mas desprovido de instrução e incapaz, portanto, de participar de debates de alto nível, por inteiramente despreparado. 
Ele pode vestir-se com apuro, deixar à porta o seu carro de alto preço, sentar-se na cabeceira da mesa; o que, porém ele jamais conseguirá, é igualar-se àqueles que, possuidores de graus universitário ou semelhante, estão preparados para o trato superior dos assuntos em pauta. Todos os circunstantes identificam desde logo esse ser humano como homem rico, isso sim, porém falho de conhecimentos que só o estudo sistematizado pode fornecer. 
No Alto sucede coisa parecida em relação aos Espíritos possuidores de cultura material desenvolvida ao máximo na Terra, mas ainda portadores de qualidades morais em estado precário ou até ofuscadas, tal tenha sido em verdade seu comportamento na última encarnação terrena. Quem, no entanto, primeiro se dá conta da situação são os próprios Espíritos desencarnados nessas condições, diante da luminosidade irradiada por aqueles que os recebem, em face de sua triste opacidade. 
Sabendo-se que a única maneira de o Espírito adquirir luz decorre dos atos e ações meritórias que tenha podido praticar na Terra, e jamais em decorrência dos conhecimentos acadêmicos que tenham adquirido, isto explica o porquê e a razão de se encontrarem no Alto em situação melancólica, Espíritos que se engrandeceram na Terra no cultivo das ciências e das letras, enquanto outros que viveram vidas obscuras são possuidores de grande luminosidade. 
A explicação serve para informar uma vez mais aos meus queridos irmãos e amigos, que somente a prática de boas obras, do amor e da caridade na Terra, pode conseguir a iluminação espiritual, e jamais o armazenamento de conhecimentos materiais sem o correspondente aprimoramento das qualidades morais do Espírito.
 Um Espírito possuidor de grandes conhecimentos materiais e universitários, mas privado da luz divina, pode ser comparado a uma flor de rara beleza inteiramente desprovida de perfume. Perguntar-me-eis provavelmente se os conhecimentos universitários ou semelhantes não são necessários à evolução do Espírito. Claro que sim estimados irmãos leitores. Todos os Espíritos hão de adquirir os conhecimentos peculiares ao plano de vida ou mundo em que viverem. Paralelamente entretanto, necessitam de aprimorar as qualidades morais que neles se encontram em estado latente, a fim de adquirirem nessa prática toda a luz de que necessitam, e que constituí o objetivo de sua reencarnação. 
Que papel poderia representar na sociedade, por exemplo, um magistrado que houvesse conseguido os lauréis da integridade por suas sentenças e julgamentos, se fora da Corte de Justiça ele se conduzisse de maneira pouco ou nada decente pela prática de atos incompatíveis com a dignidade de magistratura? Onde a moral de semelhante julgador? Onde o exemplo aos seus contemporâneos, do cultivo da moral que eleva e dignifica a espécie humana? 
Cultivar, pois, as qualidades morais e procurar desenvolvê-las ao máximo em cada vida terrena, deve ser e é em verdade, o objetivo primordial de todos os Espíritos encarnados. 

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