Mensagem do blog de todos

domingo, 31 de agosto de 2014

A Transição do Planeta Terra.


Autor: Bezerra de Menezes (espírito)
“A população terrestre alcança a passos largos o expressivo número de sete bilhões de seres reencarnados simultaneamente, disputando a oportunidade da evolução...
Embora as grandes aquisições do conhecimento tecnológico e dos avanços da ciência na sua multiplicidade de áreas, nestes dias conturbados os valores transcendentes não têm recebido a necessária consideração dos estudiosos que se dedicam à análise e à promoção dos recursos humanos, vivendo mais preocupados com as técnicas do que com o comportamento moral, que é de suma importância. Por isso, a herança que se transfere para as gerações novas que ora habitam o planeta diz mais respeito à ganância, ao prazer dos sentidos físicos, à conquista de espaço de qualquer maneira, dando lugar à violência e à desordem...
Têm ocupado lugar o materialismo e o utilitarismo, contexto em que muitos comprazem-se distantes da solidariedade, da compaixão e dos espírito fraternal, ante a dificuldade da real vivência do amor, conforme ensinado e vivido por Jesus.
Os indivíduos parecem anestesiados em relação aos tesouros da alma, com as exceções compreensíveis.
Felizmente, o fim do mundo de que falam as profecias refere-se àquele de natureza moral, com a ocorrência natural de sucessos trágicos que arrebatarão comunidades, facultando a renovação, que a ausência do amor não consegue lograr como seria de desejar...
Esses fenômenos não se encontram programados para tal ou qual período, num fatalismo aterrador como muitos que ignoram a extensão do amor de Nosso Pai divulgam,mas para um largo período de transformações, adaptações, acontecimentos favoráveis à vigência da ordem e da solidariedade entre todos os seres.
É compreensível, portanto, que a ocorrência mais grave esteja, de certo modo, a depender do livre-arbítrio das próprias criaturas humanas, cuja conduta poderá apressar ou retardar a sua constituição, suavizando-a ou agravando-a...
Se as mentes, ao invés do egoísmo, da insensatez e da perversidade, emitissem ondas de bondade e de compaixão, de amor e de misericórdia, certamente o panorama na Terra seria outro.
Compreendendo-se a transitoriedade da experiência física, no futuro a psicosfera do planeta será muito diferente porque as emissões do pensamento alterarão as faixas vibratórias atuais que contribuirão para a harmonia de todos e para o aproveitamento do tempo disponível.
O amor de Nosso Pai e a ternura de Jesus para com o Seu rebanho diminuirão a gravidade dos acontecimentos, mediante também a compaixão e a misericórdia, embora a severidade da lei do progresso.
Todos nos encontramos, desencarnados e encarnados, comprometidos com o programa da transição planetária para melhor. Por essa razão, todos devemos empenhar-nos no trabalho de transformação moral interior, envolvendo-nos em luz, de modo que nenhuma treva possa causar-nos transtorno ou levar-nos a dificultar a marcha da evolução.
Certamente, os espíritos fixados nas paixões degradantes sintonizarão com ondas vibratórias próprias a mundos inferiores, para eles transferindo-se por sintonia, onde se tornarão trabalhadores positivos pelos recursos que já possuem em relação a essas regiões atrasadas nas quais aprenderão as lições da humildade e do bem proceder. Tudo se encadeia nas leis divinas, nunca faltando recursos superiores para o desenvolvimento moral do espírito.
Nesse imenso processo de transformação molecular até a conquista da angelitude, há vários meios propiciatórios para o crescimento intelecto-moral, sem as graves injunções desagradáveis. Todos esses meios, entretanto, têm como base o amor e o trabalho.
Assim, a divulgação do Espiritismo é de fundamental importância por demonstrar a todos a imortalidade, a justiça divina, a mediunidade, os mecanismos de valorização da experiência na reencarnação e o imenso significado de cada momento existencial. Desse modo, convidemos a todos o aprendizado pelo amor, à reflexão e ao labor da caridade fraternal com que se enriquecerão, preparando-se para a libertação inevitável pela desencarnação, quando ocorrer.
Louvar e agradecer ao Senhor do Universo pela glória da vida que nos é concedida e suplicar-Lhe auxílio para sermos fiéis aos postulados do pensamento de Jesus, nosso Mestre e Guia, constituem deveres nossos em todos os momentos.
Entretanto, todos os trabalhadores do bem devem atentar para o fato de que experimentarão o aguilhão da dificuldade, sofrerão o apodo e a incompreensão desenfreada que têm sido preservados pela invigilância dos que nada contribuem.
Todos serão chamados ao sacrifício, de alguma forma, a fim de demonstrarem a excelência dos conteúdos evangélicos, considerando-se, por um lado, as injunções pessoais que exigem reparação e, por outro, a fidelidade que pede confirmação pelo exemplo.
Que se não estranhem as dificuldades que se apresentam inesperadamente, causando, não poucas vezes, surpresa e angústia. Por isso, o refúgio da ração apresenta-se o lugar seguro para reabastecer as forças e seguir com alegria.
As entidades que se comprazem na volúpia da vampirização das energias dos encarnados distraídos e insensatos, voltam-se contra os emissários de Jesus onde se encontrem, gerando conflitos em sua volta e agredindo-os com ferocidade. O trabalhador do Mestre, por sua vez, deve voltar-se para a alegria do serviço, agradecendo aos Céus a oportunidade autoiluminativa, sem que nisso ocorra qualquer expressão de masoquismo. Aliás, constitui-nos uma honra qualquer sofrimento por amor ao ideal da verdade, à construção do mundo novo.
Que o discernimento superior possa assinalar-nos a todos, e que os mais valiosos recursos que se possuam sejam colocados à disposição do Senhor da Vinha que segue à frente.”
Dr. Bezerra de Menezes (espírito) em Amanhecer de uma nova era, de Manoel Philomeno de Miranda (espírito), psicografia de Divaldo Franco.

domingo, 24 de agosto de 2014

Sal da terra e Luz do mundo

Vós sois o sal da terra e a luz do mundo". Esta frase, dita por Jesus Cristo e referenciada nos evangelhos, sintetiza o caráter da nossa missão, e nos fornece diretrizes muito precisas e importantes.

Utilizando-se de dois elementos bastante presentes em nosso quotidiano, (o sal e a luz), Jesus compõe um ensinamento simples e esclarecedor, que, se posto em prática, é realmente capaz de transformar nossas relações com as pessoas e com os factos.


Estamos, assim, diante de uma metáfora cheia de sabedoria. Ser "sal da terra" significa ser uma presença discreta e ao mesmo tempo essencial. Como tempero, o sal é imprescindível na confeção de muitos pratos. Por um lado, sem sal, os alimentos se descaracterizam e perdem o sabor. Por outro lado, o sal em excesso pode estragar totalmente os alimentos, a ponto de tornar impossível comê-los. O sal deve, pois, estar presente na medida certa;por si só, ele não se faz notar, mas constitui um ingrediente que, de facto, não se pode substituir.

Nossa presença no mundo deve então obedecer a este mesmo parâmetro.

Por um lado, quando nos omitimos ou nos calamos diante das situações que nos interpelam, nós nos tornamos semelhantes a um alimento sem sal. Atuamos de um modo ausente e inexpressivo, à medida em que não somos capazes de contribuir efetivamente com o mundo onde vivemos. O desânimo e a descrença diante dos factos, que usualmente geram essa atitude ausente, tiram o sabor de nossas ações, fazendo com que nossa atuação se torne mecânica e insignificante. Neste caso, pertencemos ao grupo das "pessoas sem sal". Uma "pessoa sem sal" é aquela que não se expressa, que não opina, que não se envolve, que não se compromete. Ela simplesmente vai vivendo ao sabor do vento, sem assumir metas e desafios realmente importantes.

Por outro lado, em uma atitude diametralmente oposta, equivalemos a um alimento demasiadamente salgado, quando tentamos impor nosso modo de ser e de pensar, sem considerarmos a existência de outros referenciais e pontos de vista. Pecamos, neste caso, pela falta de humildade e pela auto-suficiência, em função de uma militância exagerada e imatura. A atitude intolerante e agressiva frente aos acontecimentos nos coloca agora no grupo das pessoas "demasiadamente salgadas". Estas, por sua vez, são excessivamente inoportunas, inadequadas e invasivas.

Ser "sal da terra" significa então imprimirmos às nossas ações aquela discrição essencial. Significa agirmos com doçura e com firmeza ao mesmo tempo, cumprindo nossa missão com leveza e profundidade.

A metáfora do sal está intimamente relacionada à proposição que a complementa: o convite para sermos Luz do mundo. Diante deste convite, não devemos deixar que nossa claridade ofusque os olhos dos outros. Somos convidados apenas a sermos um "pontinho de luz", suficiente para iluminar o caminho. Este ponto luminoso, que às vezes se vê ao longe, renova a esperança de quem o avista, e dá a certeza de um trajeto seguro.

A base deste precioso ensinamento então é esta: as pessoas que fazem a diferença neste mundo são aquelas que atuam verdadeiramente como sal e luz. São pessoas cujas presenças, ainda que silenciosas, se tornam notórias e fundamentais, e, por isso, serão lembradas para sempre.
Com os devidos créditos para
*Fabiana Bonilha, Doutora em Música pela UNICAMP, psicóloga, é cega congênita, e escreve semanalmente no E-Braille.
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terça-feira, 19 de agosto de 2014

ESPÍRITOS PRESOS A TERRA.........Pode uma alma, após a morte, permanecer presa à Terra?

Pode uma alma, após a morte, permanecer presa à Terra?

Sim, pode. Isso acontece muitas vezes. As almas presas à Terra são pessoas que, após a morte, não conseguiram desligar-se dos seus corpos físicos e da vida que levavam. Eles permanecem envolvidos pelo magnetismo terrestre, presos ao nivel da crosta planetária, e não conseguem se desprender do apego à existência que já se encerrou. Geralmente eles acreditam ainda estar vivos, e não entendem por que as pessoas não falam mais com eles. Essas almas possuem um acesso bem fácil aos encarnados, e podem mesmo se ligar psiquicamente a eles. Com isso, eles atrasam sua entrada nos planos mais sutis e permanecem em estado de perturbação e sofrimento.

O médium mineiro Francisco Cândido Xavier diz o seguinte: Quando o corpo é reclamado pelo sepulcro, o espírito volta à pátria de origem, e, como a natureza não dá saltos, as almas que alimentam aspirações puramente terrestres continuam no ambiente do mundo, embora sem o revestimento do corpo carnal.

É possível a alma evoluir nesse estado de prisão?

A evolução encontra-se em todos os estados e condições, mas pode-se dizer que ela é insignificante quando a alma está presa à Terra. O ser desencarnado atrasa muito seu desenvolvimento espiritual, fica quase que estagnado; é como se ele ficasse congelado ou cristalizado dentro dos parâmetros de mente e comportamento. Nesse sentido, eles tendem a repetir estereotipadamente os padrões da última personalidade e também do momento da transição. Por exemplo, um rapaz morre num acidente de carro e fica chamando pelos seus pais. Ele pode ficar invocando a presença dos pais por períodos bem longos, sem perceber que sofreu um acidente e não possui mais corpo físico. Também contribui consideravelmente para a prisão no plano da Terra uma morte rápida e trágica. A alma não tem tempo de perceber o que ocorreu e pode ficar confusa com o impacto da súbita transição.

O que uma alma faz quando fica presa à Terra?

Algumas vezes ela tenta realizar as mesmas atividades de quando estava encarnada; outras vezes fica próxima de parentes e amigos, tentando um contato. Em outras situações, como já dissemos, ela fica repetindo os mesmos padrões de ação e comportamento de sua última existência. Em casos não tão raros, ela fica perambulando por locais que lhe foram familiares em vida ou peregrina por locais desconhecidos. Quando isso ocorre, na maioria das vezes ela acaba se conectando com um encarnado, e participa de seus prazeres e de sua vida. Sem que o encarnado se dê conta, ela pode guiar seus pensamentos, desejos e até as principais escolhas de sua vida. Porém, o mais grave é a vampirização de energias vitais que se processa nessa conexão psíquica entre ambos. A alma presa à Terra necessita da vitalidade de pessoas para se manter no nível da crosta terrestre. Na maioria das vezes, suga as energias sem perceber o prejuízo que lhes causa.

Podeis enumerar um outro motivo da alma permanecer presa a Terra?

Geralmente, o ceticismo extremo ou mesmo o dogmatismo religioso podem ser a causa do aprisionamento. Os céticos conservaram ao longo da vida arraigadas concepções sobre a inexistência da vida após a morte, e, ao se deparar com uma realidade que negaram ao longo da existência corpórea, eles se recusam a enxergar sua nova condição. Não acreditam que possam estar mortos e ainda assim vivendo, pois sempre guardaram uma inquebrantável convicção que a morte é o encerramento definitivo da existência humana.

Os céticos da vida após a morte podem experimentar duas condições mais gerais: a primeira é um estado de perturbação pós-morte, uma firme negação de sua nova condição, o que gera confusão e até desespero. Por outro lado, os céticos podem unir-se a outros céticos, numa experiência coletiva, e podem acreditar que foram transladados para outro mundo, um local estranho que eles não sabe como chegaram ali, mas creem ainda estar vivos.

O mesmo ocorre com os fanáticos religiosos; a ortodoxia, o sectarismo e o dogmatismo são grandes entraves a visão da realidade pós-morte. O religioso fundamentalista crê firmemente que, caso estivesse mesmo morto, deveria estar agora nos céu, no reino de Deus que sempre almejou em sua passagem pela Terra. Ele acreditava na sua salvação, e não pode admitir que, após a morte, ele não fosse recebido pelo ícone do seu culto. Essa prisão é fato corrente para um número significativo de religiosos fanáticos, aprisionados em suas próprias concepções cristalizadas.

Por outro lado, ele pode encontrar-se frente a frente com suas convicções religiosas, que nada mais são do que suas próprias criações mentais produzidas quando encarnados. Ele pode envolver-se nessa ilusão de suas formas de pensamento e viver de acordo com elas. Porém, isso possui algo de providencial, pois a vida após a morte seria algo doloroso demais se as almas não pudessem, de certa forma, adaptar suas crenças ao novo ambiente e viver de conformidade com eles, caso ainda não estejam prontos para uma comunhão com estados sutis mais reais.

Há outros motivos para a fixação no nível da crosta terrestre?

Sim, esses motivos variam conforme a individualidade de cada alma. Mas existem motivos gerais a se considerar:

Não cumpriram seu roteiro kármico (proposta encarnatória).
Suicidaram-se e deixaram assuntos inacabados.
Possuíam extremo apego a Terra e aos desejos materiais.
Viciaram-se em álcool, fumo, comida, sexo, lazer, prazeres diversos.
Tinham medo de morrer e após o desencarne continuaram negando a morte.
Dificuldade de aceitarem que passaram pela transição e não têm mais corpo físico.
Morte súbita (os espíritos não tiveram tempo de perceber que morreram).
Ódio e vingança a algum desafeto.
Apego a entes queridos ou a pessoas próximas.
Ceticismo fortemente arraigado.
Morte após deficiências mentais ou transtornos psíquicos graves.

Que dizer sobre as estórias sobre espíritos aprisionados em locais específicos?

Essas estórias podem ser reais. Alguns espíritos podem fixar-se em lugares em que eram muito afeiçoados durante a sua vida. Muitos ficam presos a sua própria residência; outros aos lugares onde ocorreu sua transição; outros ainda se unem a outras almas que escolhem um local propício a sua permanência. Esse é o fundamento das chamadas “casas mal assombradas”, que reúnem grande número de almas perdidas e presas em locais específicos. Ocorre com certa frequencia uma ligação psíquica entre a alma recém-desencarnada e pessoas que compraram o imóvel onde a alma passou a maior parte de sua vida.

Disseste que uma alma pode ficar presa à Terra em decorrência do ódio a desafetos. Podeis explicar melhor?

Enquanto o ódio aprisiona, o amor liberta. No Novo Testamento está escrito: Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama a seu irmão permanece na morte. (João 3: 14). Isso significa que, aqueles que não amam, permanecem presos no ódio e aprisionados no nível terrestre após o passamento. Não é possível neutralizar o ódio com o esquecimento, pois em épocas futuras esse ódio regressará numa outra roupagem, numa outra forma de manifestação. O ódio só pode ser dissipado com amor e o perdão. O amor vem da consciência de que todos nós estamos interligados, que somos uma mesma família universal e estamos numa mesma missão cósmica; todos somos almas ainda inferiores, dependentes, ignorantes e limitadas. Compreender isto é uma forma de libertação de todo o ódio. Devemos também compreender que ninguém pode nos tirar nada, nem destruir qualquer de nossos bens sem a nossa participação. Nosso corpo pode ser queimado, torturado, destroçado e morto; mas nossa alma só sera tocada se assim permitirmos. Esse foi o caso de Jesus: enquanto o corpo físico e a personalidade humana de Jesus estavam sofrendo dores lancinantes na cruz, sua alma, seu espírito imortal estava completamente ausente e invulnerável a mortificação de sua carne. Ele assistia tudo de fora, sem se envolver no sofrimento que lhe acometera. As maiores maldades podem ser realizadas conosco, mas uma alma de luz, um ser mais evoluído, não pode ser atingido, pois ele sabe que não é matéria, não é esse ego nem essa personalidade; ele é algo infinitamente maior e que não pode jamais ser destruído. O espírito é indestrutível, é perene; vive para sempre e não é subjugado pelo caráter transitório da matéria e do mundo da manifestação. As almas que carregam o ódio dentro de si invariavelmente se prendem nos liames da matéria e podem permanecer longos períodos esperando para consumar sua vingança. Ela desconhece que estará tão presa e ficará tão mal quanto aquele que deseja prejudicar.

Almas de luz não poderiam resgata-las se assim desejassem?

Já dissemos que uma alma pode fixar-se em seus pensamentos, imagens mentais e padrões após a morte. Pois bem, quando ela fica nesse estado, a comunicação com o que está a sua volta é perdida. Ela está tão envolvida por uma autohipnose, tão cristalizada dentro de suas repetições, está de tal forma mergulhada em suas tendências, criando ilusões atrás de ilusões, que seu pensamento e percepção ficam girando em torno de si mesmo. Dessa forma, ela se fecha em seu mundo psíquico e não entra em contato e nem enxerga o que está ao seu redor. Quando é este o caso, as almas de luz sequer conseguem chegar até ela. Muitas vezes, esse resgate, caso ocorresse, seria uma violação de seu livre arbítrio. Se a alma ainda deseja estar naquele nível, uma alma mais evoluída não poderia contrariar sua própria vontade, mesmo que ela esteja seguindo um caminho que lhe seja prejudicial. O mesmo ocorre na Terra.

Tendo em vista essas considerações, podemos concluir que os contos e estórias sobre obsessões e possessões são reais, e não mera fantasia?

Sim, são reais e podem estimular a formação de diversos males ao ser humano.

Podeis nos dar exemplos desses males causados pela ligação psíquica entre as almas presas a Terra e os encarnados?

As repercussões desse processo são bem numerosas, mas podemos citar os prejuízos mais gerais:

Sintomas físicos: doenças, dores, mal estar, náusea, dor na nuca, enjôo, arrepios, tontura, cansaço excessivo, estafa.

Problemas mentais: problemas de memória, desatenção, dissociação, falta de clareza, embotamento, parada do pensamento, confusão mental, ideias suicidas, despersonalização, pesadelos recorrentes, alucinações auditivas e visuais.

Descontrole emocional: ansiedade, angústia, medo, irritação, depressão, tristeza, choro sem causa aparente, impulsividade.

Inclinação às drogas: abuso de álcool, maconha, tabaco, drogas injetáveis, remédios.

Problemas com peso: Pelo estímulo à compulsão pela comida ou à perda de apetite, como obesidade, anorexia, bulimia.

Problemas de relacionamento: timidez, fobia social, introversão, dificuldade de comunicação.

Problemas sexuais: falta ou excesso de desejo sexual.

Fechamento dos caminhos: tudo parece dar errado, oportunidades não aparecem, dificuldade de expressar nosso potencial.

Autor: Hugo Lapa 

sábado, 16 de agosto de 2014

Amparadores Espirituais


(Matéria publicada na Revista Sexto Sentido N. 21 - maio de 2001).
Em entrevista especial à Revista Sexto Sentido, o professor Wagner Borges, especialista em projeção astral, fala de modo claro e objetivo sobre os Amparadores Espirituais - seres que auxiliam as pessoas na hora da morte - fornecendo detalhes impressionantes sobre a transição a que chamamos morte e as dimensões do outro lado da vida.

Nós sabemos que você faz parte de um grupo de Amparadores Espirituais no plano astral, que ajudam as pessoas na hora da morte. Quem são esses Amparadores e exatamente de que maneira eles, ou vocês agem?

- Os amparadores são um grupo de espíritos formado principalmente por orientais. São egípcios, chineses, tibetanos, pessoas que já lidaram com algo parecido aqui na Terra, em outras épocas, que desencarnaram e estão em um nível excelente. Quando o corpo espiritual se desprende do físico durante o sono ou na morte, ambos estão conectados por um campo energético, que é a aura. Nessa aura estão os chacras e os filamentos energéticos que saem desses chacras se juntam para formar uma ligação - a ligação do espírito com o corpo através do conhecido cordão de prata. Na hora do desprendimento definitivo ou morte, seres espirituais bondosos e evoluídos aparecem e desconectam esses filamentos para desprender o espírito, da mesma forma que um parteiro ajuda no nascimento de um bebê e no desligamento da ligação que é o cordão umbilical. Os seres desligam o cordão de prata e sobra um coto de cordão, só que não é no umbigo, mas na cabeça do corpo espiritual. Nesse momento, normalmente a pessoa apaga, como um mecanismo da consciência. Então ela é puxada para um vórtice, como se fosse uma passagem entre dimensões - por isso as pessoas que têm experiências de quase-morte falam sobre passar por um túnel de luz, que é uma abertura entre dimensões. Então, os Amparadores puxam a pessoa para fora do corpo e a ajudam a atravessar o buraco energético, fazendo com que ela saia na dimensão seguinte, que as pessoas chamam de plano espiritual ou plano astral. Normalmente, ela desperta algumas horas ou dias depois num hospital espiritual. Esses hospitais foram construídos por seres avançados, que elaboram formas mentais e as plasmam com o pensamento. São construções energéticas que, para os espíritos naquela freqüência, são tão sólidos quanto os objetos desta nossa dimensão terrestre. Os espíritos mais sutis atravessam esses ambientes porque são mais rarefeitos, mas naquela dimensão, para quem está lá, os objetos são tão densos quanto os daqui são para nós. A pessoa se vê num ambiente propício para a recepção de recém-desencarnados, onde o que sobrou do cordão de prata é então rompido.

A pessoa acorda num hospital extrafísico após a morte, não porque esteja doente, mas para romper essa conexão. Esses hospitais são locais de transição. Dali ela passa para a dimensão correspondente ao seu nível. Nossos pensamentos e emoções se plasmam energeticamente em nossa aura, em nosso corpo espiritual. Assim, nós somos a somatória do que pensamos, sentimos e fazemos durante a vida. A cada noite, quando nos desprendemos para fora do corpo físico, o corpo espiritual carrega a vibração de tudo que ocorreu naquele dia. Na hora da morte, a vibração do corpo espiritual é a soma de tudo que você pensou, sentiu e fez durante uma vida inteira.

Pode-se dizer que cada pessoa que desencarna carrega um campo vital contendo tudo o que ela é como resultado de tudo o que desenvolveu e fez em vida. Quem tem uma vibração ´x´ no corpo espiritual, após a morte é atraída para o plano extrafísico de uma dimensão ´x´, compatível com a vibração que ela porta.

O plano espiritual se divide em subdimensões. Muitos as dividem em sete níveis, outros em três. Os que dividem em três fazem da seguinte maneira: plano astral denso, plano astral médio e plano astral superior. No denso estariam as pessoas complicadas, seria o chamado umbral, o Inferno. O plano astral superior seria o Paraíso do Espiritismo. E o plano astral médio seria onde se encontram as pessoas mais ou menos, ou seja, iguais a nós, mais ou menos boas, mais ou menos complicadas. Em outras palavras, a maioria.

E o lugar que os espíritas chamam de Umbral?

- A palavra umbral significa muro, e é a divisória entre o plano terrestre e o plano astral mais avançado. Uma divisória vibracional, onde quem tem o corpo espiritual denso não atravessa, como uma peneira vibracional. Eu costumo dizer que Inferno e Paraíso são portáteis: você carrega dentro. Se está bem, o Paraíso está dentro de você. Se sai do corpo nessa condição, você é atraído por uma vibração semelhante a que existe em seu interior. A passagem para o Paraíso está dentro de nós. E o Inferno é a mesma coisa, é um estado íntimo. Veja uma pessoa cheia de auto-culpa e compare com aquela imagem clássica do diabo colocando alguém dentro da caldeira e espetando. A auto-culpa espeta mais do que qualquer diabo, porque nem é preciso o Inferno vir de fora: ele já está dentro e o diabo é você mesmo.

O Umbral é uma região muito pesada porque reflete o estado íntimo de quem lá está. Você encontra lugares que lembram abismos, cavernas escuras, tudo exteriorizado do subconsciente dos espíritos, como formas mentais. Quando você olha no fundo desses abismos vê que está cheio de espíritos, mas eles não voam, são densos. Você encontra favelas no plano espiritual, cidades medievais. Os espíritos vivem presos a formas mentais das quais, muitas vezes, é difícil escapar. São esses que os seres evoluídos buscam ajudar nessas dimensões.

E como eles fazem isso?

- Normalmente, resgatam os sofredores usando médiuns ou projetores astrais fora do corpo, utilizando a energia do cordão de prata para se tornarem mais densos e puxar as pessoas. É por isso que, desde os 15 anos, fui levado muitas vezes a esses ambientes para dar passes nos espíritos, fora do corpo. Você dá um passe e isso muda o padrão vibracional do corpo espiritual da pessoa. Tão logo isso acontece, os espíritos mais avançados, que não tinham acesso, conseguem pegar a pessoa e levar para um hospital extrafísico. Aí começa um tratamento energético, puramente de luz, para desintoxicar os chacras extrafísicos do corpo energético, e tratamento psicológico para fazer a pessoa encarar sua situação, conseguir se entender e sair daquele problema. E também é trabalho, terapia para que a pessoa saia daquilo sem ter auto-culpa, porque a auto-culpa segura a pessoa no passado. Ela precisa entender que Deus não condena ninguém.

Eu já passei por lugares desse Umbral em que era tudo escuro, e eu sentia que passava por cima de pessoas que se arrastavam. A única luz que tinha ali era a minha, um ser humano. E algumas pessoas se seguravam em mim e falavam, "Anjo, me tira daqui!". Eles achavam que eu era anjo porque tinha alguma luz.

E você não tinha como tirar essas pessoas de lá?

- Não, porque tinha ido tirar uma pessoa determinada. Eu estava direcionado para pegar uma e puxar. E também, vários daqueles que estão ali sofrendo e pedindo ajuda, se forem tirados daquele ambiente e levados para um lugar melhor, basta que se recuperem um pouquinho e já começam a aprontar. Esse pessoal precisa ralar um pouco para perceber que não se pode fazer ao outro aquilo que você não quer que façam com você. Não é uma punição divina, é causa e efeito. O que você fez para o outro fica marcado em você. Eu cresci no Rio, na Baixada Fluminense. Vários amigos meus morreram por causa de droga, outros porque se tornaram policiais e morreram em tiroteio com bandidos, cumprindo o dever, e outros se tornaram marginais. Um desses rapazes virou policial e fez parte de um grupo de extermínio de bandidos. Eu já tinha me mudado para São Paulo, e ele inclusive já não mora mais no Rio - deixou a polícia, nem sei onde está. Eu despertei fora do corpo no Rio de Janeiro, na rua do bairro onde cresci, e comecei a ouvir uma gritaria. Lá na ponta da rua começou a aparecer uma energia alaranjada, pesada, e de repente chega o rapaz correndo. Ele estava fora do corpo perseguido por um grupo de doze espíritos, com pedaços de pau nas mãos - tudo plasmado: facões, etc. Gritavam. "Pega, pega esse miserável!". E o sujeito estava projetado fora do corpo, ou seja, fora do corpo ele é perseguido pelos sujeitos que ele matou. Eles passaram correndo perto de mim e, quando ele passou, eu vi que estava cheio de buracos de bala, plasmado no corpo espiritual. Aí eu entendi uma coisa que o espírito André Luiz sempre falou nos seus livros: cada coisa que você faz para o outro fica marcada em você espiritualmente. Cada bala que ele tinha enfiado em alguém, a marca estava nele, porque a forma mental do ato ficou grudada nele. Se durante o sono ele já está assim, imagine na hora em que desencarnar. Ele vai ficar nesse plano astral denso por um bom tempo.

Lembra um pouco o filme Ghost.

- Muitas coisas ali são reais, e também o Sexto Sentido. Ou aquele filme Amor Além da Vida, com Robin Williams - aquela parte de formas mentais plasmadas. É a riqueza do filme. Aquela parte do Umbral, em que ele vai buscar a mulher suicida, é baseada na Divina Comédia do Dante Alighieri. Dante foi um grande projetor. Como vivia no século XIV, em Florença, Itália, ele não podia falar abertamente porque iria para a fogueira. Aí ele camuflou os relatos. Todas as pessoas que se projetam e já foram nesses planos pesados sabem que o Dante era um viajante astral, porque já viram coisas parecidas. É uma outra realidade, que a humanidade não conhece. Mas uma coisa é certa: não vale a pena fazer o mal. Não é que deus vai punir ou o Diabo vai pegar, mas você carrega de dentro de si tudo aquilo para fora e forma o ambiente. Todo algoz se transforma em vítima. O que Jesus ensinou sobre tentar fazer o bem, tentar ajudar os outros na medida do possível não foi à toa. Aquilo não tem nada de religioso - é código de vida.

- Wagner Borges -

SIMPLIFICA . . .

"Simplificando as próprias experiências, te reconhecerás mais leve e mais feliz..."

S I M P L I F I C AEmmanuel
Se desejares a bênção da paz, simplifica a própria vida para que a tranquilidade te favoreça.
Muitos recorrem ao auxílio dos outros, esquecendo a necessidade do auxílio a si mesmos.
Encarcera-se no cipoal das preocupações sem proveito, adquirindo compromissos que lhes prejudicam a senda e acabam suplicando o socorro da caridade, quando, mais avisados, poderiam entesourar amplos recursos para a assistência generosa aos mais desfavorecidos do mundo, empregando o talento das horas nas mais ricas sementeiras de simpatia.
É que se extraviam nas ambições desregradas, buscando para si próprios os grilhões do sofrimento ou afixando aos ombros frágeis pesados fardos, difíceis de suportar.
Não se contenta em viver com segurança o dia que o Senhor lhes concede.
Preferem lamentar por antecipação as tempestades prováveis do amanhã remoto que, talvez, jamais sobrevenham.
Não se conformam com o pão abençoado de hoje.
Reclamam celeiro farto para longo tempo, à frente da vida, ignorando as alterações e provas que os espreitam.
Não se alegram com o agasalho valioso de agora.
Exigem guarda-roupa repleto e variado de que provavelmente não mais se utilizarão, enquanto companheiros da jornada humana exibem a pele desnuda e fria.
Não se resignam a possuir o dinheiro prestimoso que lhes soluciona os problemas da hora em curso.
Suspiram pela caderneta de banco, dominadora e invejável, que lhes marque o nome com a melhor expressão financeira, não obstante a penúria que, muitas vezes, magoa o lar alheio.
Aprende a viver com o mínimo que Deus te empresta no corpo físico, amealhando a luz do conhecimento nobre e fazendo aos outros o bem que possas.
Auxilia, perdoa, trabalha, ama e serve, gastando sensatamente os recursos que o Céu te situou no caminho e nas mãos, como quem sabe que a Contabilidade Divina a todos nos procura no grave instante do acerto justo.
E, simplificando as próprias experiências, te reconhecerás mais leve e mais feliz, habilitando-te, por fim, à libertação espiritual que, infalivelmente, convocar-te-á, hoje ou amanhã, para o regresso à Vida Maior.
(Do livro "Nós", Emmanuel, Francisco C. Xavier)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Ouve a Tua Consciência

A Lei de Deus está escrita na consciência da criatura humana.
Essa lúcida contestação dos Mentores da Humanidade ao codificador do Espiritismo, Allan Kardec, abre espaço à Psicologia para melhor entender os conflitos e os comportamentos complexos que enfrenta.
Para que a consciência possa contribuir saudavelmente em favor da conduta humana torna-se indispensável o hábito da reflexão, a fim de que os níveis primários em que se apresenta ceda lugar à iluminação em estágio mais avançado.
É compreensível que o Espírito em condições aflitivas tenha dificuldade de identificar a Lei de Deus nele ínsita. Porque predomina a matéria, as sensações mais grosseiras na sua existência, permanece como solo crestado que não permite à semente nele plantada romper-lhe a couraça, facultando que desabrochem as potências adormecidas.
Em razão da sensualidade e dos apegos aos prazeres imediatos e desgastantes, continua em germe a essência divina nos refolhos dessa área superior da psique – a consciência.
O hábito, porém, de silenciar a ansiedade e os tormentos íntimos, de buscar entender-lhes a procedência e a presença nos painéis mentais, faculta perceber os conteúdos de que se constituem, para discernir com segurança o que é edificante e o que lhe é prejudicial.
Acostumado a agir por impulsos, quase automáticos, dá vigor à natureza animal de que se reveste, quando deveria promover a espiritual, que germina e avança atraída pelo Deotropismo no rumo da plenitude.
Condicionamentos impostos pelos instintos básicos que governam a existência na sua fase inicial de desenvolvimento intelecto-moral, à medida que adquire conhecimentos para a lógica existencial, experiência os lampejos da consciência digna que libera a Lei de Deus, que está sintetizada no amor.
Na razão direta em que o amor sobrepõe-se à violência e aos fatores da agressividade, mais valiosos contributos são cedidos com o consequente enriquecimento de paz e de alegria de viver.
Ninguém existe destituído de consciência, exceção feita àqueles que expiam graves delitos em renascimentos assinalados pelas limitações e deformidades cerebrais...
Todos os seres que pensam dispõem do auxílio da consciência para fazer o que pode e deve, sempre quando se lhe torne lícita a realização.
A acomodação defluente da preguiça mental em alguns indivíduos impedem-no de avançar nos comportamentos corretos.
Deus, a todos os Seus filhos concedeu consciência do dever, que proporciona as habilidades indispensáveis à conquista da  iluminação.
Essa sublime herança vincula todos os membros da Criação ao Genitor Celeste.
Ouve a tua consciência sempre que te  encontres em conflito, em dificuldade de definir rumos e comportamentos adequados.
Reflexiona em silêncio e com calma, permitindo que a inspiração superior seja captada e o discernimento te aponte a melhor conduta a seguir.
Evita o costume doentio de transferir para os outros a tarefa de decidir por ti, de viver sob os conselhos dos demais como se fosses um parasita psíquico.
Liberta-te do morbo da queixa e desperta para entender que todos sofrem, têm problemas, mesmo que os não demonstrem, porque a sabedoria que possuem ao aconselhar é resultado dos caminhos percorridos, das aflições superadas e dos testemunhos ultrapassados.
Por outro lado, evita o costume de aconselhamentos e de orientações, de narrar as tuas vivências, como se fossem as mais importantes do mundo.
O que hajas vivenciado é importante para ti e nem sempre será regra geral de bom proceder para todos.
Cada ser humano é uma unidade muito complexa e especial, que faz parte da unidade universal, com as características próprias e as conquistas positivas e negativas adquiridas.
Quando delegas a outrem aconselhar-te, não estás disposto realmente a seguires a diretriz  que te seja oferecida. Normalmente, buscas conselhos e bengalas psicológicas até encontrares o que realmente gostaria que te dissessem aquilo que te é agradável e compensador. Esse comportamento inconsciente é uma forma autodefensiva, porque aquilo que te venha a acontecer não será somente de tua responsabilidade.
O crescimento intelectual, assim como o de natureza moral, é trabalhado continuamente, sem interrupção nem saltos gigantes.
A cada momento uma conquista nova, um descobrimento que se incorpora aos conteúdos arquivados na mente.
Permitindo-te ouvir a consciência, serás inspirado à oração que te fortalecerá o ânimo e te auxiliará a fruir paz.
Quanto mais auscultes a consciência e exercites a reflexão do pensamento, mais se expandirão as possibilidades e os registros legais se te farão claros e lúcidos, e te auxiliarão na conquista da felicidade e da harmonia interior, estimuladoras para os avanços a níveis superiores da evolução.
Não te detenhas, pois, em queixumes e rogativas de orientação, como se estivesses desequipado dos instrumentos para alcançar a vitória sobre as circunstâncias e provações necessárias.
Confia em Deus, na proteção dos teus Amigos espirituais e também nos teus valores, esses que vens amealhando durante a reencarnação.
Jesus, que é o Guia da Humanidade, sempre buscava a solidão para reabastecer a consciência com a Lei de Deus, e permanecer como o amor na expressão máxima que se conhece, mesmo quando não amado.
Não tenhas sofreguidão para tudo resolver sem pensar, sem aprofundar a concentração.
Diante de todo e qualquer aconselhamento que peças e recebas, não deixes de consultar a tua consciência.
pelo Espírito Joanna de Ângelis - Psicografia de Divaldo Pereira Franco, na reunião mediúnica da noite de 17 de março de 2014, no Centro Espírita Caminho da Redenção, Salvador, Bahia. 

sábado, 2 de agosto de 2014

Como o Espírita deve ser? Reflita!


O espírita deve ser verdadeiro, mas não agressivo, manejando a verdade a ponto de convertê-la em tacape na pele dos semelhantes. Bom, mas não displicente que chegue a favorecer a força do mal, sob o pretexto de cultivar a ternura. Generoso, mas não perdulário que abrace a prodigalidade excessiva, sufocando as possibilidades de trabalho que despontam nos outros.
Doce, mas não tão doce que atinja a dúbia melifuidade, incapaz de assumir determinados compromissos na hora da decisão.
Justo, mas não implacável, em nome da justiça, impedindo a recuperação dos que caem e sofrem. Claro, mas não desabrido, dando a ideia de eleger-se em fiscal de consciências alheias.
Franco, mas não insolente, ferindo os outros. Paciente, mas não irresponsável, adotando negligência em nome da gentileza.
Tolerante, mas não indiferente, aplaudindo o erro deliberado em benefício da sombra. Calmo, mas não tão sossegado que se afogue em preguiça. Confiante, mas não fanático que se abstenha do raciocínio. Persistente, mas não teimoso, viciando-se em rebelar-se. Diligente, mas não precipitado, destruindo a si próprio.
"Conhece-te a ti mesmo" - diz a filosofia, e para conhecer a nós mesmos, é necessário escolher atitude e posição de equilíbrio, seja na emotividade ou no pensamento, na palavra ou na ação, porque, efetivamente, o equilíbrio nunca é demais.
Mensagem do livro "Opinião Espírita".