Mensagem do blog de todos

terça-feira, 23 de julho de 2013

O Evangelho é a Lei do Cosmo

 O homem moderno encontra-se mais capacitado para ativar e movimentar o seu raciocínio sobre maior área da Vida Imortal e, assim, possibilitado para uma apreciação mais íntima e perspicaz dos excelsos ensinos de Jesus.  Além da mensagem espiritual sublime, que sob a vestimenta poética das parábolas e dos conceitos evangélicos transcendentais, expõe diretrizes morais para o espírito encarnado, oculta-se ainda sob o Evangelho uma realidade científica do Universo sintetizada no microcosmo da obra humana. …
As parábolas, os conceitos e as normas dele são autênticas condensações das próprias leis cósmicas do Universo. Jesus, muito além de avançado psicólogo sideral, instrutor moral e mestre espiritual de vossa humanidade, é também considerado o mais alto índice de conhecimento e experiência científica atualmente no governo do vosso orbe. Sob a singela poesia e o encanto comovente de suas parábolas, palpita o “microesquema” das leis e dos princípios fundamentais do Cosmo .... Há um ritmo, uma dinâmica e cadência incomum na exposição angélica, que revelam aos espíritos argutos essa miniatura da própria legislação criativa cósmica. As mesmas leis que regem imensurável metabolismo do Universo estão genialmente sintetizadas nos conceitos e nas parábolas inesquecíveis de Jesus, assim como a contextura gigantesca do carvalho miniaturiza-se potencialmente na pequenez da bolota em crescimento.
Através das palavras ternas e esperançosas do Cristo-Jesus flui a força do próprio Verbo da Criação. Assim, o Evangelho não é um tratado rígido de virtudes salvacionistas, nem apenas manual cívico de conduta espiritual; antes de tudo, é o compêndio das leis do aperfeiçoamento para a Vida Imortal e a metamorfose do homem ao anjo.
O Evangelho, como o próprio nome indica, é o “Caminho” que reconduz a criatura à intimidade do Criador, e a integra na vivência autêntica das leis que são a manifestação da “Verdade”. Ela se conscientiza cada vez mais pela paulatina angelização no eterno metabolismo para a Vida Imortal. À medida que o homem dilata a consciência, pela sua incessante penetração mais profunda na vida oculta espiritual, adquire melhor noção de existir e pode abranger maior porção de Deus. E um acontecimento real, porque a Divindade vibra na intimidade da criatura humana. Desde os tempos imemoriais, os magos, iniciados e sacerdotes esotéricos apregoam incessantemente os preceitos de que o “macrocosmo” está no “microcosmo”, e “o que está em cima está embaixo”, paralelamente ao conceito do Gênesis, que diz: “O homem foi feito à imagem de Deus”.
Por analogia, assim como um átomo em incessante expansão poderia desenvolver os seus elementos constituintes até se tornarem semelhantes aos astros de uma constelação astronômica, o homem, “criado à imagem de Deus”, também usufrui da graça de poder expandir-se e sintonizar- se à maior área do Criador. Sob a indefectível beleza mística e moral do Evangelho, oculta-se, então, o cientificismo irrevogável das leis maiores do Universo e, por esse motivo, justifica-se o conceito esotérico de que ”o reino de Deus está no próprio homem”. A pulsação divina atua incessantemente na consciência espiritual do homem, desperta-lhe os fundamentos Criativos da individualidade sem desvincular-se de Deus, e depois o liberta do jugo educativo da matéria para integra-lo definitivamente na paz e ventura eterna. 
NAVARANA
O Evangelho é a Lei do Cosmo - Ramatis
PERGUNTA: — Qual é o motivo de vossa escolha do título “O Evangelho à Luz do Cosmo” para esta obra? 
RAMATIS:  O Evangelho não é simplesmente um repositório de máximas e advertências morais, nem somente código de preceitos exclusivos de qualquer instituição humana religiosa, devidamente credenciada para representar Deus na Terra. Em verdade, o Evangelho relatando a experiência vivida integralmente por Jesus, em 33 anos de sua vida física, é para demonstrar a todos as leis que governam e disciplinam o Universo.
Os conceitos do Mestre Jesus, paralelamente à sua conduta e ação incomum, podem ser aceitos como um compêndio humano a expor os objetivos de Deus na Sua Criação.
Enfim, repetimos: o Evangelho não é um Código Moral adequado a um certo tipo de humanidade, mas um tratado perfeito de bem viver, que pode orientar em qualquer época qualquer tipo humano, em qualquer lonitude terrestre ou astronômica. Proporciona uma transmutação consciente evangélica, onde o homem termina vivendo a sua melhor experiência para Deus.  O Evangelho, portanto, é o “Caminho” da evolução indicado pelo Criador à criatura, constituindo-se numa fonte íntima de libertação do Deus em nós.
O homem evangelizado é a criatura que vive corretamente no seu “mundo pequeno”, a mesma pulsação criativa e vibração sublime do “mundo grande”. Daí o motivo por que os velhos orientais já apregoavam há milênios, que o “macrocosmo está no microcosmo” e o “que está em cima está embaixo”, enquanto a ciência moderna aceita que “átomo é a miniatura duma constelação e a constelação a amplitude do átomo”.
Integrando-se na vivência absoluta do Evangelho, o homem exercita-se no mundo transitório da matéria para assimilar e ajustar-se ao metabolismo da Lei Suprema do Universo. Em consequência disso, os preceitos morais expostos por Jesus refletem, também, os princípios do próprio Universo.

PERGUNTA: — Poderíeis explicar-nos de modo mais claro, o fato de que os conceitos expostos por Jesus também refletem os princípios da Mente Universal?
RAMATIS:  Embora a mente humana se diversifique pela necessidade de subdividir e operar em várias esferas de atividades, o certo é que no âmago do ser a pulsação criativa de Deus é um princípio único e indesviável sustentando as criaturas. O homem, que é partícula divina, e não o Todo Cósmico, precisa convencionar contrastes e elementos opostos em todos os fenômenos e condições da vida humana.
Essa “dualidade”, então, serve-lhe de base para firmar e desenvolver a sua consciência individual. Apesar de sentir, ou mesmo saber que Deus é entidade monística, indivisível e único a gerir o Cosmo, o espírito humano ainda encontra dificuldade em conceber essa natureza divina absoluta. Assim, embora não exista qualquer separação na manifestação da vida, o homem cria uma conceituação de aparente oposição no metabolismo da vida cósmica.
Mas o certo é que o Universo fundamenta-se exclusivamente na imutável e irrevogável Lei Suprema, que disciplina, sob um só metabolismo, todos os fenômenos e acontecimentos da Vida.
Em verdade, a mesma lei que rege a “gravitação”, coesão entre os astros, também disciplina o fenômeno de ”afinidade” entre as substâncias químicas e incentiva  a “união” ou o amor entre os seres. Daí a equanimidade do progresso que ocorre com exatidão tanto num grão de areia, como na própria montanha de que ele faz parte.
A legislação divina, atendendo as necessidades organogênicas do corpo humano, age pelos mesmos princípios de síntese e análise bioquímica, tanto no homem, como no vírus. Eis por que as orientações propostas por Jesus e de sua própria vivência e exemplificação pessoal, inseridas no Evangelho, são acontecimentos educativos, que podem ser usados pelo ser humano em qualquer latitude da Terra, noutros planetas e mesmo noutros mundos espirituais. São diretrizes de comportamentos, que na sua realização no mundo das formas abrem cientificamente as portas do infinito livre ao espírito humano.
O Evangelho, como a súmula das atitudes sublimes e definitivas no Universo, promove a mais breve metamorfose do homem em anjo, porque o homem, depois de evangelizado, vive em si a síntese microcósmica do macrocosmo.
PERGUNTA: — Quereis dizer que toda a atividade doutrinária e evangélica do Cristo-Jesus entre os homens, baseava-se especificamente nos próprios princípios científicos do Cosmo?
RAMATIS:  A Lei de Deus é perfeita, sem jamais se modificar para atender a qualquer particularidade ou privilégio pessoal. Ela tem por função exclusiva a sabedoria e perfeição de todos os seres. Jesus, em sua fidelidade espiritual, exemplificou em si mesmo o desenrolar das paixões humanas e, depois, a sublimação, assegurando a ascese angélica. A sua vida no cenário do mundo físico é condensação das leis definitivas que regem o Cosmo. Ele proclamou- se com justiça o “Caminho, Verdade e Vida”.
As regras do Evangelho, ensinadas para a vivência correta e evolutiva das humanidades nos mundos físicos, correspondem aos mesmos esquemas disciplinadores da vida das constelações, dos planetas e asteróides pulsando no Universo. Assim, Jesus movimentou-se na Terra, sob a regência das mesmas leis que governam o Cosmo, e as revelou em perfeita equanimidade com as ações e transformações microcósmicas dos homens à luz do Evangelho.
Em conseqüência, o seu Evangelho é uma síntese para orientar o comportamento humano na Terra, na mais perfeita sintonia com os postulados científicos das leis do Macrocosmo. Aliás, no curto espaço de 33 anos, Jesus efetuou o resumo de toda a paixão humana, através de milênios e milênios de aprendizado e emancipação espiritual do homem.
PERGUNTA: — Quereis dizer que Jesus vivia mais propriamente a redução das leis do Cosmo, em vez de buscar a solução de suas necessidades comuns na vida humana?
RAMATIS:  A vida de Jesus tão sublime, correta, pacífica e vivida sob a força do amor criativo, teve por norma fundamental expor o resumo da Lei de Deus. Jamais o Divino Mestre praticou um só ato de sua vida, na qual buscasse primeiramente atender os próprios desejos; nem mesmo quando disso dependesse a sua ventura sideral. Nascendo num berço físico, ele já trazia no âmago de sua alma o esquema de apenas servir e ajudar o homem na sua redenção espiritual.
Justo, bom e sábio, assim como Deus transborda de Amor e nutre a Vida no Universo, o Sublime Amigo transfundia todo o seu amor nos atos mais simples. Em qualquer circunstância, ele se colocava sempre em último lugar no jogo dos interesses humanos, pois semelhante à Lei do Pai, que promove indistintamente a felicidade de todos os seres, bastava-se a si mesmo.  Era semelhante à árvore benfeitora, que nasce, cresce e torna-se frondosa, para depois amparar com a sua sombra amiga desde o cordeiro inofensivo até as feras mais carniceiras. Toda a sua vida teve um único objetivo: mostrar o caminho da redenção pelo amor, que se traduzia nele através do servir desinteressado e absolutamente fiel. O seu coração e a sua mente nada mais lhe significavam do que o fundamento em incessante oferenda viva para ajustar, corrigir e orientar o homem no sentido de realizar a sua mais breve felicidade.
Diante da mulher adúltera, quando ele exclamou: “Vai e não peques mais”, buscou cumprir a Lei de Deus, que atua de modo corretivo, mas não punitivo, pois ela ajusta e cria, jamais destrói. E, ainda, em correspondência à vibração cósmica, que restabelece toda harmonia, Jesus fez a advertência severa aos perseguidores da pecadora e os chamou à ordem, uma vez que projetavam na infeliz os próprios erros e recalques humanos. Quando, então, lhes disse: “Quem tiver pecado, atire a primeira pedra” pôs a descoberto todos os vícios e paixões humanas, conclamando aqueles falsos  virtuosos à uma correção íntima, convencendo-os de que embora a lei do Sinédrio mandasse lapidar as mulheres adúlteras, isso só poderia ser executado pelas criaturas que não tivessem nenhum pecado.
Em verdade, através de Jesus, refletiam-se tanto quanto possível as leis cósmicas, que corrigem excessos, distorções e desvios do metabolismo da vida e, magnificamente, sintetizadas no Evangelho, ali se demonstravam na forma de conceitos, máximas, parábolas e princípios, que devem reajustar a constelação humana.
PERGUNTA: — Por que o homem, que é na realidade um espírito encarnado, não aceita ou não compreende de imediato a natureza tão sublime e salvadora do Evangelho? Não deveria crer absolutamente em Jesus, tanto quanto o aluno confia no seu professor?
RAMATIS:  A mais breve ou demorada integração evangélica depende fundamentalmente do grau da consciência espiritual de cada um, e não de sua memória pregressa. O vosso orbe é pródigo de líderes religiosos, católicos, protestantes e mesmo espíritas, ou pretensos iniciados, que pregam e divulgam o Evangelho, mas ainda não assimilaram, para o próprio viver cotidiano, os mesmos ensinos sublimes que eles tentam incutir no próximo. São apenas distribuidores de azeite, com o objetivo de acenderem as lâmpadas alheias, mas, infelizmente, pela sua negligência ou retardo espiritual, terminam às escuras por falta de combustível em sua própria lâmpada.
Só as almas que abrangem maior área da realidade espiritual assimilam mais facilmente toda força, coerência e veracidade da Lei Suprema, expressa através do Evangelho. Aliás, nenhum homem pode transmitir a outra pessoa a sua experiência espiritual do reino divino, assim como o cego de nascença não se apercebe do teor da luz que ilumina o mundo, pois ele não vê. A assimilação exata do Evangelho, como uma experiência viva para toda a Eternidade, só é possível pela iniciação gradativa e ascendente da Intuição. É a faculdade de saber a Realidade Divina independente das formas e dos fenômenos dos mundos transitórios da matéria.

Textos extraídos do livro “O Evangelho a Luz do Cosmo” de Ramatís