Não
raro estamos nos deparando com uma série de acidentes rodoviários, marítimos,
fluviais e aéreos no Brasil e no mundo.
Pela
extensão da tragédia, o tema é discutido diariamente pela mídia. Muitas
especulações que não levam a nada são lançadas frequentemente, julgando-se
pessoas, empresas e instituições públicas sem fundamento investigatório
final, de forma precipitada.
Acima
de tudo, pergunta-se: todo acidente pode ser evitado?
Como
elemento credenciado em prevenção de acidentes, afirmo que sim, pois dentre
os princípios filosóficos que norteiam a árdua tarefa de prevenção de
acidentes do Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER –, há
dois que merecem atenção especial. São eles: “Todo acidente pode e deve ser
evitado” e “Todo acidente tem um precedente”. De acordo com esses princípios,
nenhum acidente ocorre por “fatalidade”, pois se origina sempre de deficiências
enquadradas nos fatores humano, material e operacional. Uma vez analisados os
fatores participantes nos acidentes, podem-se adotar medidas enquadradas à
neutralização de tais fatores. E se acidentes similares já ocorreram, os
fatores contribuintes serão basicamente os mesmos em sua essência, variando
apenas a forma como se apresentam.
Como
espíritas, afirmamos que nem todo acidente pode ser evitado, pois além do
fator humano, material e operacional, deve-se considerar também o fator
espiritual, já que a influência dos espíritos é maior do que supomos e muito
frequentemente eles que nos dirigem.1
Em “O
Livro dos Espíritos”, Allan Kardec questiona aos espíritos se há fatalidade
nos acontecimentos da vida. Os espíritos afirmam: “A fatalidade não existe
senão para a escolha feita pelo espírito, ao se encarnar, de sofrer esta ou
aquela prova; ao encolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de destino,
que é a própria consequência da posição em que se encontra. Falo ainda das
provas de natureza física...”2
Os
espíritos afirmam também que qualquer que seja o perigo que nos ameace, não
morreremos, se a nossa hora não chegar. “Mas, quando chegar a hora de partir,
nada nos livrará. Deus sabe com antecedência qual o gênero de morte por que
partiremos daqui, e freqüentemente o espírito encarnado o sabe, pois isso lhe
foi revelado quando fez a escolha desta ou daquela existência”.3
O
espírito Emmanuel afirma: “na provação coletiva verifica-se a convocação dos
espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao
passado delituoso e obscuro. O mecanismo da justiça, na lei das compensações,
funciona então, espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que
convocam os irmãos na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão
por que, muitas vezes, intitulais ‘doloroso acaso’ às circunstâncias que
reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhe ocasiona a morte
do corpo físico ou as mais variadas mutilações, no quadro dos seus
compromissos individuais”.4
Portanto,
considerando apenas o fator humano, material e operacional, todos os
acidentes podem ser evitados. Acrescentando a isso o fator espiritual é de se
concluir que há acidentes inevitáveis, pois são planejados antes mesmo da
reencarnação do espírito e que somente a misericórdia de Deus poderia evitar.
Continuemos
nós a crer na Justiça Divina, a orar aos que partiram de forma tão
lamentável, dizendo a cada um deles: “Brilhe a luz pra os teus olhos, irmão
que vens de deixar a Terra! Que os bons espíritos de ti se aproximem, te
cerquem e ajudem a romper as cadeias terrenas! Compreende e vê a grandeza do
nosso Senhor: submete-te, sem queixumes, à sua justiça, porém, não desesperes
nunca da sua misericórdia. Irmão! que um sério retrospecto do vosso passado
te abra as portas do futuro, fazendo-te perceber as faltas que deixas para
trás e o trabalho cuja execução te incumbe para as reparares! Que Deus te perdoe
e que os bons espíritos te amparem e animem. Por ti orarão os teus irmãos da
Terra e pedem que por eles ores”.5
Por
Reginaldo de Oliveira Reis - Jornal Palavra Espírita
|
quinta-feira, 31 de julho de 2014
ACIDENTE AÉREO - RESGATE INEVITÁVEL.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário