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quinta-feira, 31 de julho de 2014

ACIDENTE AÉREO - RESGATE INEVITÁVEL.



Não raro estamos nos deparando com uma série de acidentes rodoviários, marítimos, fluviais e aéreos no Brasil e no mundo.

Pela extensão da tragédia, o tema é discutido diariamente pela mídia. Muitas especulações que não levam a nada são lançadas frequentemente, julgando-se pessoas, empresas e instituições públicas sem fundamento investigatório final, de forma precipitada.
Acima de tudo, pergunta-se: todo acidente pode ser evitado?
Como elemento credenciado em prevenção de acidentes, afirmo que sim, pois dentre os princípios filosóficos que norteiam a árdua tarefa de prevenção de acidentes do Sistema de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – SIPAER –, há dois que merecem atenção especial. São eles: “Todo acidente pode e deve ser evitado” e “Todo acidente tem um precedente”. De acordo com esses princípios, nenhum acidente ocorre por “fatalidade”, pois se origina sempre de deficiências enquadradas nos fatores humano, material e operacional. Uma vez analisados os fatores participantes nos acidentes, podem-se adotar medidas enquadradas à neutralização de tais fatores. E se acidentes similares já ocorreram, os fatores contribuintes serão basicamente os mesmos em sua essência, variando apenas a forma como se apresentam.
Como espíritas, afirmamos que nem todo acidente pode ser evitado, pois além do fator humano, material e operacional, deve-se considerar também o fator espiritual, já que a influência dos espíritos é maior do que supomos e muito frequentemente eles que nos dirigem.1
Em “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec questiona aos espíritos se há fatalidade nos acontecimentos da vida. Os espíritos afirmam: “A fatalidade não existe senão para a escolha feita pelo espírito, ao se encarnar, de sofrer esta ou aquela prova; ao encolhê-la, ele traça para si mesmo uma espécie de destino, que é a própria consequência da posição em que se encontra. Falo ainda das provas de natureza física...”2
Os espíritos afirmam também que qualquer que seja o perigo que nos ameace, não morreremos, se a nossa hora não chegar. “Mas, quando chegar a hora de partir, nada nos livrará. Deus sabe com antecedência qual o gênero de morte por que partiremos daqui, e freqüentemente o espírito encarnado o sabe, pois isso lhe foi revelado quando fez a escolha desta ou daquela existência”.3
O espírito Emmanuel afirma: “na provação coletiva verifica-se a convocação dos espíritos encarnados, participantes do mesmo débito, com referência ao passado delituoso e obscuro. O mecanismo da justiça, na lei das compensações, funciona então, espontaneamente, através dos prepostos do Cristo, que convocam os irmãos na dívida do pretérito para os resgates em comum, razão por que, muitas vezes, intitulais ‘doloroso acaso’ às circunstâncias que reúnem as criaturas mais díspares no mesmo acidente, que lhe ocasiona a morte do corpo físico ou as mais variadas mutilações, no quadro dos seus compromissos individuais”.4
Portanto, considerando apenas o fator humano, material e operacional, todos os acidentes podem ser evitados. Acrescentando a isso o fator espiritual é de se concluir que há acidentes inevitáveis, pois são planejados antes mesmo da reencarnação do espírito e que somente a misericórdia de Deus poderia evitar.
Continuemos nós a crer na Justiça Divina, a orar aos que partiram de forma tão lamentável, dizendo a cada um deles: “Brilhe a luz pra os teus olhos, irmão que vens de deixar a Terra! Que os bons espíritos de ti se aproximem, te cerquem e ajudem a romper as cadeias terrenas! Compreende e vê a grandeza do nosso Senhor: submete-te, sem queixumes, à sua justiça, porém, não desesperes nunca da sua misericórdia. Irmão! que um sério retrospecto do vosso passado te abra as portas do futuro, fazendo-te perceber as faltas que deixas para trás e o trabalho cuja execução te incumbe para as reparares! Que Deus te perdoe e que os bons espíritos te amparem e animem. Por ti orarão os teus irmãos da Terra e pedem que por eles ores”.5
Por Reginaldo de Oliveira Reis - Jornal Palavra Espírita

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